Folha de S. Paulo


Farmacêuticas aumentam vendas em 14% no primeiro semestre do ano

A venda de medicamentos do grupo FarmaBrasil, formado por nove farmacêuticas, aumentou 14,3% no primeiro semestre, em comparação a igual período de 2015, e chegou a R$ 6 bilhões.
O resultado foi superior ao do mercado, que cresceu 12%.

O investimento em novos produtos -foram R$ 365 milhões em pesquisa e desenvolvimento no primeiro semestre- ajuda a manter o ritmo de vendas mesmo com a crise, afirma o presidente da entidade, Reginaldo Arcuri.

Além disso, o setor é menos afetado por cortes orçamentários que outras indústrias de saúde, segundo ele. "Segmentos como o de equipamentos dependem mais de compras estaduais e municipais."

Cerca de 45% das vendas do grupo são destinadas ao setor público, embora haja grande variação da taxa entre as empresas, diz Arcuri.

O setor aguarda agora uma nova lista de itens que o governo tem interesse em incluir no programa de PDPs, que visa transferir tecnologia de laboratórios ao setor público. A troca no ministério teria atrasado o processo.

A projeção é que em setembro a nova relação seja compartilhada com as farmacêuticas, de acordo com Odnir Finotti, presidente da Bionovis.

A empresa, que é uma joint venture formada por Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, deverá iniciar sua produção até o fim de 2018.

"Mantemos nosso desenvolvimento dentro do escopo das PDPs, mas o objetivo final é comercializar os novos produtos em todo o mundo."

remedios

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Presas no Brasil

No primeiro semestre deste ano, o faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo encolheu 13,2% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados são do Sebrae-SP.

O resultado é o pior desde o começo de 2002, quando a queda foi de 17,9%.

As perdas dos últimos semestres fizeram com que as receitas reais dessas empresas tenham se aproximado das verificadas em 2009.

Negócios menores têm uma barreira extra para enfrentar crises: eles não acessam mercados estrangeiros, que podem mitigar efeitos de uma recessão interna, segundo Ivan Hussni, diretor técnico da instituição.

"A realidade da micro e da pequena empresa é o consumo interno. Elas perdem com desemprego e diminuição de renda da população."

A expectativa dos empresários, no entanto, subiu nos últimos três meses: a porcentagem dos que acreditam em melhora rondou os 28%. No começo do ano, eram 20%.

mpe

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País exporta R$ 3 milhões a mais em chocolates no 1º semestre

As vendas do chocolate brasileiro ao exterior cresceram 15,6%, em volume, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Abicab (entidade do setor).

De janeiro a junho, foram exportadas 14,5 mil toneladas, contra 12,5 mil nos seis primeiros meses de 2015. Em faturamento, isso equivale a R$ 53 milhões -um ano antes, eram R$ 50 milhões.

No mesmo período, o consumo interno aumentou 3,1%, de 237,5 mil para 245 mil toneladas.

"O semestre foi de oportunidades para o exportador, pelo câmbio favorável, e a América Latina tem uma facilidade natural para receber o chocolate brasileiro", diz Afonso Champi, da Abicab.

Os vizinhos Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia estão entre os principais destinos do produto nacional.

Na Hershey's, as vendas a outros países subiram 15%.

"Começamos este ano em um cenário muito favorável para exportar, e o ideal seria que o dólar tivesse ficado perto de R$ 4", diz Marcel Sacco, diretor-geral da empresa para o Brasil e para a América do Sul.

A companhia prevê encerrar este ano com o mesmo patamar de crescimento das exportações do semestre.

timmaia

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Dezenas de ideias

Cerca de dez start-ups farão parte da primeira turma do Foresee, programa de desenvolvimento e aceleração de empresas de tecnologia para o setor financeiro coordenado pela Cetip (depositária de títulos e renda fixa).

"Os projetos serão para criar mecanismos que aumentem a segurança nas transações on-line e reduzam fraudes, por exemplo", diz Roberto Dagnoni, diretor-executivo da entidade.

As empresas receberão aporte inicial de R$ 170 mil cada uma durante o projeto, de nove meses. A expectativa é que três turmas sejam aceleradas nos próximos dois anos.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA


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