Folha de S. Paulo


Setor de gás natural quer flexibilizar regras estaduais para o mercado livre

Comercializadores de energia e gás natural querem mudanças nas regras estaduais que permitem que os consumidores migrem para o mercado livre –aquele no qual poderiam escolher seus fornecedores.

A Abraceel, a associação dos comercializadores, se reuniu com o Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (19), para apresentar demandas, diz Reginaldo Medeiros, presidente da entidade.

São dez pedidos, no total, como poder comprar parte do gás de partilha (a parcela da produção que vai para a União) e mudar os tributos.

O ministério concorda com a maioria delas, segundo a assessoria de imprensa.

NO MÍNIMO - Limites para o consumidor livre por Estado

Em milhares de metros cúbicos

O entendimento é que algumas adaptações, como a de um modelo de transporte em que as empresas do setor de gás pagam tarifas por ponto de acesso, atrairiam interessados em ativos da Petrobras, como gasodutos.

Um dos pleitos é a unificação dos limites mínimos para que os clientes entrem no mercado livre em todos os Estados. Hoje, cada unidade federal determina quanto o cliente deve consumir para poder escolher o fornecedor.

Em São Paulo e Minas, as linhas são as menores, de 10 mil metros cúbicos. Em Mato Grosso, é preciso consumir 1 milhão de metros cúbicos para aderir ao mercado.

Medeiros quer que a ANP (agência do petróleo e gás natural) e o ministério auxiliem na padronização.

O executivo compara a atuação desejada à da Saúde: "A atribuição da política é dos municípios, mas a União harmoniza. Ao passar recursos, o governo induz à práticas."

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VAREJO LIVRE

A CCEE (câmara de energia elétrica) aprovou os primeiros comercializadores varejistas do mercado livre: a Comerc, a CPFL e a Elektro. A medida deverá facilitar a entrada de novos clientes no setor.

O papel das empresas será representar os consumidores perante o órgão e cuidar de burocracias, como encargos e contratos.

Hoje, as comercializadoras do mercado livre apenas vendem energia elétrica aos clientes, que também podem comprá-la diretamente de geradores.

ENERGIA LIVRE - Adesões ao mercado livre em andamento

"Principalmente os de menor porte não têm experiência para lidar com o setor elétrico. As varejistas serão facilitadoras", diz Rui Altieri, presidente da CCEE.

Com a aprovação da câmara, a Comerc projeta um aumento de 10% na base de clientes e de 2,5% no consumo de energia em um prazo de um ano, afirma o presidente, Cristopher Vlavianos.

Hoje, o mercado tem 2.516 consumidores. Até o fim deste ano, deverão ser 4.000.

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CARRO DA FIRMA

Três em cada dez empresas estenderam o tempo de uso de seus veículos corporativos no último ano, aponta levantamento feito pela CSA para a Arval, companhia do setor.

Entre as que detêm grandes frotas, a taxa sobe para 40%.

A tendência, que mostra uma busca maior por economia, se intensificou com a crise, diz o diretor da Arval Brasil Ricardo De Bolle. "Há dois anos, a substituição era feita em um prazo de 24 a 36 meses, mas isso tem mudado."

ROTA AMPLIADA - Empresas que pretendem ampliar ou diminuir sua frota

Na empresa, houve um aumento gradativo do intervalo, que hoje chega a quatro ou cinco anos.

O envelhecimento da frota se repete na União Europeia em menor grau. Lá, o índice de empresas que estenderam os prazos é de 20%.

"É um mercado mais maduro, a média de tempo já é de cerca de quatro anos."

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REPÚBLICA DA VILA OLYMPIA

Os 33 alunos bolsistas do Insper, de São Paulo, que hoje moram em apartamentos alugados pela instituição, mudarão de endereço no ano que vem.

A Fundação Brava doou um prédio para o alojamento para 55 estudantes de fora da cidade. O espaço, de 400 m² e valor de R$ 8,5 milhões, fica a poucos metros do campus. O Insper vai reformar o prédio cedido em comodato.

"É importante para os alunos com 100% de bolsa não restituível. E envolve os demais estudantes no projeto", diz Marcos Lisboa, presidente do Insper.

"A demanda para o vestibular cresceu muito, de bolsistas e não bolsistas. Cria aquele clima de campus americano, todos participam, desenham soluções para o prédio, para o entorno dele."

O fundo de bolsas recebeu R$ 2,36 milhões neste ano –em 2015 foram quase R$ 3 milhões.

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Pé direito... Os preços dos imóveis na União Europeia subiram 3% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015, segundo a agência Eurostat.

...alto Os maiores aumentos foram observados na Hungria (15,2%), Áustria (13,4%) e Suécia (12,5%), enquanto as casas na Itália e em Chipre ficaram 1,2% mais baratas.

Alisamento A Acqua Coco, de produtos capilares, investe R$ 5 milhões em sua fábrica e passará a exportar para Marrocos, Chile e Angola.

HORA DO CAFÉ

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA


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