Folha de S. Paulo


Empresa de água e esgoto faz nova reforma societária

A Águas do Brasil, uma empresa que assume concessões de água e esgoto, passou por um rearranjo societário, e a participação da Developer -anteriormente de 45%- agora vai ser de 54%.
A vendedora foi a Cowan, construtora de Minas Gerais, que repassou 9% da Águas do Brasil por R$ 150 milhões.

Com o novo arranjo, ela detém 5% da sociedade.

A Cowan precisa se capitalizar e para isso ofertou as ações da concessionária aos demais sócios, de acordo com fontes de mercado.

Além dessas duas acionistas, também fazem parte da joint venture as empreiteiras Queiroz Galvão e a Carioca Engenharia, que tiveram a opção de comprar as ações disponibilizadas.

Elas não se interessaram pelo negócio, e suas participações não foram alteradas.

É a segunda mudança na estrutura societária em menos de seis meses.

Em 2015, a Queiroz Galvão vendeu 49% da sua participação na Águas do Brasil à japonesa Itochu por US$ 70 milhões (R$ 253 milhões). Essa transação foi aprovada pelo Cade no fim do ano.

A expectativa dos donos da empresa é que haja aumento de concessões de abastecimento de água e tratamento de esgoto no futuro próximo, impulsionado pela falta de recursos do setor público.

Empresas estatais não estariam capitalizadas para investir pouco depois de terem passado pela crise hídrica.

A polêmica em torno da poluição na baía de Guanabara, que será usada nos Jogos Olímpicos do Rio, também deve contribuir para que o serviço seja entregue à iniciativa privada, dizem interlocutores.

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Sob nova direção

A Orizon, empresa de soluções para o setor de saúde complementar, vai investir R$ 27 milhões até o fim deste ano para desenvolver novos produtos e promover atualizações operacionais.

Ao menos R$ 7,5 milhões serão destinados à criação de sistemas, com o objetivo de ampliar a carteira de serviços da companhia.

"Apesar da redução dos beneficiários de planos de saúde, o setor é resiliente. E nenhuma crise dura para sempre, é preciso manter a inovação", afirma Mario Martins, que será anunciado nesta quarta (1º) como novo presidente da Orizon.

No ano passado, o faturamento da empresa, que tem como sócias a Cielo, o Bradesco Seguros e a Cassi, cresceu 20% e chegou aos R$ 157 milhões.

140 mil
prestadores de serviços de saúde e 10 mil farmácias são clientes da Orizon

140,7 milhões
de procedimentos médicos foram liberados pela empresa no ano passado

Karime Xavier/Folhapress
SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -31 /05/16 -14 :00h - Retrato do novo presidente da Orizon, Mário Martins. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***MERCADO ABERTO
Mario Martins, presidente da empresa de tecnologia hospitalar

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Financiamento de veículos tem queda de 20% de janeiro a março

O volume de recursos liberados para financiamento de veículos caiu 19,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo a Anef (associação das empesas financeiras de montadoras).

Para 2016, a entidade projeta uma retração de 5,4% do setor, afirma Gilson Carvalho, novo presidente da associação e CEO da FCA Fiat Chrysler Finanças.

Essa deverá ser sua quarta queda anual consecutiva -no ano passado, foi de 17,3%.

A maior cautela dos bancos devido à alta da inadimplência, somada à diminuição da demanda por crédito, são apontadas como as principais razões da retração.

A parcela de veículos financiados caiu de 53% para 51% no período, e a participação das compras à vista aumentou dois pontos percentuais.

Apesar do cenário negativo, há uma expectativa que a concessão de crédito seja retomada no último trimestre deste ano, diz Carvalho.

"Existe uma perspectiva de retorno da confiança. Uma demanda que ficou reprimida nos últimos meses pode voltar ao mercado", diz ele.

credito

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Dourar a pílula

A crise econômica fez aumentar a entrada de laboratórios estrangeiros no Brasil. De janeiro a maio, dez novos grupos com sede em outros países passaram a integrar a lista de associados ao Sindusfarma (entidade do setor).

"O primeiro passo é abrir uma representação brasileira, o que ajuda a empresa a entender o mercado. Por aqui, não é muito simples registrar medicamentos, pode levar até 36 meses", diz Nelson Mussolini, da entidade.

Os empresários do setor também veem o país com um mercado de grande potencial, em que o número de idosos cresce cerca de 1 milhão ao ano, lembra Mussolini.

Os novos laboratórios são de origens distintas. A maioria tem sede na França e nos Estados Unidos, mas há companhias da Hungria e Índia.

"O Brasil ficou barato. No segmento médico, que sente menos a crise, registramos investimentos de R$ 2,2 bilhões desde janeiro do ano passado", diz Juan Quirós, da Investe SP (de captação de aportes).

arte farmaceuticas

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Banca maior A Barretto Ferreira e Brancher Sociedade de Advogados, atuante em áreas como direito societário, se junta ao Azevedo Sette. A união deve resultar em uma alta de 15% no faturamento.

Ajuda de fora A Radar PPP, especializada em concessões e parcerias público-privadas, abrirá temporariamente sua base de dados a gestores federais. A intenção é partilhar dados técnicos de contratos.

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Hora do Café

Editoria de Arte/Folhapress
Charge Mercado Aberto de 1º.jun.2016
Charge Mercado Aberto

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA


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