Folha de S. Paulo


Produção da indústria de embalagens deve ter redução de 2,8% neste ano

A indústria nacional de embalagem deve ter queda de 2,8% em 2016, segundo estimativa da Abre (Associação Brasileira de Embalagem).

"O volume deve ser menor que o de 2015 ao longo de quase todo o ano, com uma leve recuperação no último trimestre", afirma a diretora-executiva da entidade, Luciana Pellegrino.

Em 2015, aponta a Abre, a produção do setor apresentou queda de 4,31%.

O número é resultado direto do ano de economia enfraquecida, segundo Pellegrino.

"O consumo das famílias caiu. Isso significa que a demanda pelos produtos foi menor e, consequentemente, o setor de embalagens sentiu a retração", afirma.

Os segmentos mais afetados foram os de informática, eletrônicos e óticos (-29,9%) e eletrodomésticos (-13,1%), que têm uma participação menor na indústria.

O menos afetado foi o de alimentos (-2,3%), que sozinho representa 55% da demanda por embalagens.

"É um segmento muito diversificado e com muito giro de consumo, assim, costuma ser o que sofre menos em crises", afirma Pellegrino.

Uma das consequências da queda na produção foi a diminuição de 4,97% no número de vagas na indústria em 2015.

No ano anterior, o segmento já havia registrado redução no emprego formal, mas bem menor, de 0,41%.

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Quantidade de leitos oferecidos nos hospitais particulares cai

O número de leitos nos hospitais da rede privada caiu 1,9% em setembro de 2015, em comparação com o mesmo mês de 2014, e chegou a 129.855, segundo o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

A redução foi, em parte, reflexo da menor demanda, diante da leve queda no número de brasileiros que possuem planos de saúde - 0,3% no mesmo período.

"Até 2012, o setor estava crescendo significativamente. Com a crise e a alta do desemprego, o número de beneficiários tende a cair, e os hospitais adequam a oferta", diz Luis Carneiro, superintendente-executivo do IESS.

Outro fator que contribui para essa redução, segundo Carneiro, é o menor tempo de internação. "Com exames mais modernos e procedimentos menos invasivos, os leitos ficam menos tempo ocupados nos hospitais."

O número de leitos por habitante com plano de saúde, contudo, não se altera desde 2013: 2,6 para cada mil. Já no SUS, a relação entre leitos e a população caiu de 1,7 para 1,6. A recomendação é que esse índice fique entre 2,5 e 3.

leitos

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Para beber em casa

A venda de cervejas importadas em supermercados ajudou o setor a crescer, mesmo com a alta do dólar.

A importadora Interfood teve alta de 86% nas receitas com as cervejas especiais no ano passado, após começar a fornecer a uma grande rede de mercados.

A Mr. Beer passou a vender ao varejo em 2015 -por enquanto, apenas em uma rede, e neste ano, deve fechar outro grande acordo.

"É um processo lento, o volume de pedidos cresce muito nos mercados", diz o fundador Fabiano Wohlers.

A Boxer do Brasil faturou 20% a mais nesse tipo de venda em 2015. "Os consumidores passaram a beber mais em casa", afirma o sócio Ali Visserman.

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|/3.(articleGraphicSpace). |(articleGraphicCredit). Silvia Zamboni/Folhapress|/3.(articleGraphicSpace). |
|(articleGraphicImage). SÃO PAULO, SP, BRASIL 17-02-2012, 15:45H: FABIANO WOHLERS, criador da rede de franquias de cervejas especiais Mr. Beer. (foto: Silvia Zamboni/folhapress) EDITORIA MERCADO***EXCLUSIVO FOLHA***|
|(articleGraphicCaption). Fabiano Wohlers, rede de cervejas especiais|

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Dentro da bolha

O Hospital 9 de Julho inaugura nesta quarta-feira (24) uma ala para a recuperação de pacientes que passaram por transplante da medula óssea. Os transplantados são vulneráveis a infecções e é preciso isolá-los.

Em vez de ficarem circunscritos a um quarto, na nova ala, os pacientes, que ficam internados por pelo menos um mês, poderão circular por um espaço maior, de acordo com Alfonso Migliore Neto, diretor do hospital.

A ala inteira tem 800 metros quadrados. "Como conceito, é uma bolha. O quarto já era uma, mas era pequena, a pessoa ficava restrita a 20 metros quadrados. Agora, ela vai ter espaço para circular."

O espaço atenderá 16 pessoas, e o investimento foi de R$ 6 milhões. Entre outros itens, os recursos foram gastos em tratamento de água para barrar germes de outras partes do prédio.

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Páscoa por encomenda

As redes atacadistas de alimentos detectaram a tendência de uma maior procura por barras de chocolate na Páscoa deste ano.

"Avaliamos que haverá mais pessoas que vão complementar sua renda com produtos típicos da data", afirma o diretor da rede Assaí Wlamir dos Anjos.

A expectativa é que o item tenha alta de 20% em relação a 2015. A rede também espera 20% de aumento nas vendas totais da Páscoa.

No atacadista Roldão, a projeção é de crescimento de 25% na procura pelas barras.

"Os ovos de Páscoa estão mais caros, há uma tendência de que a população migre para os produtos por encomenda", diz o presidente da rede, Ricardo Roldão.

A empresa também vai investir em peixes como a merluza e o salmão, que devem ter alta de 15%, devido ao encarecimento do bacalhau.

A Páscoa é a segunda data mais importante do ano para o faturamento das redes de atacado, atrás apenas do Natal, que gera entre 5% e 10% a mais de receitas.

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*Vai... * O número de cheques devolvidos chegou a 2,35% em janeiro deste ano, um total de 1,13 milhões, segundo dados da Boa Vista SCPC.

...e volta O total de cheques movimentados no mês caiu 15,9% em comparação com dezembro, para 47,9 milhões.

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Hora do Café

Velati
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com FELIPE GUTIERREZ, MÁRCIA SOMAN, TAÍS HIRATA


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