Folha de S. Paulo


Novo software traduz emoticons para deficientes visuais

A TIM e a agência Artplan desenvolveram sons que traduzem 68 emoticons em onomatopeias para que pessoas com deficiência visual consigam entendê-los de maneira rápida e divertida.

Os barulhos podem ser incorporados a um software que lê em voz alta a tela do computador chamado NVDA (sigla em inglês para acesso não-visual ao desktop).

Quando, no texto, aparecer um emoticon de um beijo, por exemplo, o software irá reproduzir o som.

O sistema foi desenvolvido para ser gratuito para clientes de todas as operadoras, diz Rodolfo Medina, presidente da Artplan. "A ideia é incluir quem estava fora da conversa", diz ele.

Clique aqui para ouvir os sons.

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Rede investe em autoatendimento e modelo de lanche mais personalizado

Todas as cem unidades que o Bob's pretende abrir neste ano terão o modelo de autoatendimento. O sistema permite que o cliente escolha um lanche e pague com seu cartão sem precisar ir ao caixa.

Além disso, o consumidor pode montar pratos personalizados, com opções de tamanhos, molhos e complementos, em vez de escolher apenas entre as receitas tradicionais de sanduíches.

"Aquele modelo do fast-food padronizado, com combos já definidos, tem perdido relevância. O freguês quer ter influência em tudo o que compra, quer poder escolher o detalhe", conta Marcello Farrel, diretor-geral da rede.

A configuração de atendimento já foi implantada em mais de 200 unidades da marca de comidas rápidas.

A previsão é que o grupo invista R$ 150 milhões neste ano, com a abertura e a readequação de unidades.

Com o sistema, o franqueado desembolsa um valor maior para equipar a loja, mas pode ter dois funcionários a menos por turno que um empreendimento equivalente sem o modelo.

Apesar da abertura de 102 postos de venda no ano passado, a marca disse que o perfil do consumidor mudou com o agravamento da crise.

"Quando a economia estava favorável, a gente via o aumento de clientes das classes C e D. Agora, o consumidor de renda mais alta passou a frequentar a rede com frequência maior. Isso ajudou a repensar a configuração do serviço."

NÃO PEÇA PELO NÚMERO

1.156
é o total de unidades do Bob's abertas até o fim de 2015

R$ 280 MIL
é o investimento mínimo para abrir um quiosque da marca

R$ 750 MIL
é o custo inicial de uma loja

Marcos Michael/Folhapress
RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 30-05-2011: Marcello Farrel, diretor-geral da rede de fast food Bob's, posa para retrato, no Rio de Janeiro (RJ). A rede de fast food Bob's estuda abrir mais 800 pontos de vendas em todo o Brasil até 2017. Para se expandir, o grupo incluiu em seu plano de interiorização cidades com até 60 mil habitantes. Antes, eram considerados municípios com ao menos 100 mil moradores. (Foto: Marcos Michael/Folhapress)
Marcello Farrel, executivo da rede de restaurantes

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SOB NOVA DIREÇÃO

Fabio Teixeira/Folhapresss
Marcio Coriolano, novo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras e da Bradesco Saúde
Marcio Coriolano, novo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras e da Bradesco Saúde

Novo presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Marcio Coriolano pretende ver implementadas três antigas demandas do setor em sua gestão.

A primeira é o seguro popular de automóvel, com preços mais baixos e uso de peças recondicionadas, mais baratas.

"Está em estudo na Susep e esperamos que saia neste ano. O segmento de seguro automotivo deverá chegar a crescer entre 3,5% e 5%", afirma Coriolano.

Outro produto aguardado, que está em consulta pública, é uma modalidade de seguro de vida, que permitirá resgatar uma parte do valor acumulado, segundo o executivo.

E a terceira solicitação, também em estudo na Susep, é um produto de previdência com incentivo fiscal, que há nos Estados Unidos, e que tem o saque ligado ao pagamento de mensalidade de plano de saúde.

Também presidente da Bradesco Saúde, o executivo assume a CNseg oficialmente na próxima quinta-feira (25). "Em 2016, o setor estima um crescimento não superior a 10%", diz.

No ano passado, a alta foi de 11,4%, com uma arrecadação de R$ 364,2 bilhões -os dados finais da Susep ainda não saíram.

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FREIO NA SOFISTICAÇÃO

O mercado de luxo está em baixa e parte desse recuo pode ser culpa dos países emergentes, sobretudo dos consumidores chineses.

Prova disso é que houve uma queda de 10,95% em 2015 no índice Dow Jones Luxo, que reúne empresas desse segmento –da francesa Louis Vuitton à alemã BMW.

"As marcas do setor tiveram os países emergentes como impulsionadores de negócios e buscaram neles um Exército de novos consumidores", lembra Gabriele Zuccarelli, da Bain.

As compras de luxo no país asiático tiveram declínio de 2% entre 2014 e 2015, segundo pesquisa da consultoria.

No momento em que esse motor perde energia, lembra ele, a dependência ficou maior e as marcas sentiram mais em um contexto em que vender para mercados mais maduros, como a Europa, também não era uma opção.

"Uma lei anticorrupção na China também limita o número de presentes caros que podem ser dados. O consumidor também tem comprado mais fora do país do que dentro."

LUXO EM BAIXA - Índice de luxo da Dow Jones, em US$ milhões

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HORA DO CAFÉ

Editoria de Arte/Folhapress
Charge Mercado Aberto de 22.fev.2016

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA


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