Folha de S. Paulo


Aluguel residencial em SP tem queda histórica, de 3%

O valor dos contratos de locação residencial na cidade de São Paulo caiu, em média, 3,2% no acumulado de 12 meses até janeiro, segundo o Secovi (entidade do setor).

É a maior retração para o período desde o início da série histórica, em janeiro de 2004. No mesmo intervalo, a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) ficou em 10,96%.

O resultado se refere aos contratos fechados no mês.

"A queda do aluguel ocorre a cada mês. Essa redução nos preços está diretamente ligada ao cenário de desconfiança em que o país se encontra, com menos consumo e mais desemprego", diz Mark Turnbull, do Secovi.

Em relação ao mês anterior, os contratos de locação tiveram reajuste de 0,3%.

"O inquilino que terminou seu contrato e tem de fazer um novo se sente à vontade para renegociar, evitar um aumento e pedir descontos no valor pago do aluguel."

O mercado, lembra ele, estava com um grande número de unidades em estoque –aquelas não vendidas até três anos após o lançamento. Como as vendas estão lentas, os imóveis que ficaram prontos entraram na fila para locação.

"O número de devoluções de compra também foi grande, com as novas regras de financiamento. Os proprietários continuam flexíveis, e a tendência para os próximos meses é que o aluguel siga em queda –e a vantagem, nas mãos do inquilino."

No mês passado, os imóveis de dois dormitórios tiveram a maior redução nos valores de locação, de 0,9%, seguidos pelos imóveis de três dormitórios, que apresentaram uma retração de 0,3%.

ALUGA-SE - Variação do valor médio, em 12 meses (em %)

*

Governo facilita exportação de armamentos e agrada o setor

A associação das indústrias de armas ficou satisfeitas com uma regra sobre a exportação publicada na quarta-feira (17) no Diário Oficial. A nova determinação pretende dar mais celeridade às vendas para outros países.

Até recentemente, vendas que excedessem US$ 1 milhão (R$ 4 milhões) precisavam ser autorizadas pelo ministro da Defesa. Agora, só transações acima de US$ 40 milhões (R$ 160 milhões) requerem a permissão do titular do cargo.

Nesse mercado há muitas compras inesperadas, diz Frederico Aguiar, presidente da Abimde, associação das indústrias do setor.

"O cliente pode ter que fazer aquisições que não tinham sido programadas. E oportunidades eram perdidas com limite de US$ 1 milhão."

Cerca de 350 produtos, desde grandes equipamentos até munições, são regidos pela norma, afirma o vice-almirante Antônio Carlos Guerreiro, do Ministério da Defesa.

"A indústria começa a ter peso significativo na balança comercial, e os produtos ganham competitividade se agilizarmos os processos."

A demanda internacional deve aumentar, diz Daniel Mack, um consultor para temas de redução da violência armada. Ele cita a distensão de conflitos deflagrados no Oriente Médio como motivo.

GATILHO COMERCIAL - Vendas de armamentos para outros países

GATILHO COMERCIAL - Principais destinos em 2015 (em US$ milhões)

*

RACHAR A CONTA

Há dois anos, a rede de lanchonetes Johnny Rockets não pensava em oferecer a opção de franquia, mas a crise a fez rever os planos.

"Antecipamos a opção de franquias para junho. É difícil crescer agora, é hora de diversificar", diz Antônio Augusto de Souza, representante da rede de origem norte-americana no Brasil.

A empresa deve continuar a inaugurar lojas próprias e, além da opção de franqueador, oferecer uma modalidade de sociedade em que o interessado passa a ser dono de 49% de uma unidade.

Ainda neste semestre, está prevista a inauguração de uma loja em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

No ano passado, a marca faturou R$ 42 milhões, queda de 10% em relação a 2014.

Karime Xavier/Folhapress
SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -04/04/14 -11 :00h - Retrato de Antônio Augusto de Souza que está trazendo para o Brasil a rede de restaurantes americana Johnny Rockets. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). MERCADO ABERTO
Antônio Augusto de Souza, presidente da rede no Brasil

11
é o número de lojas no Brasil

30
países têm unidades da rede

500
funcionários atuam nas lanchonetes em todo o mundo

*

QUASE LÁ

O número de latino-americanos que escaparam da pobreza sem alcançar a classe média aumentou na última década, de acordo com o Banco Mundial.

Os chamados vulneráveis, que melhoraram suas condições de vida nos últimos anos, são o maior grupo socioeconômico na região.

Essa fatia da população cresceu ligeiramente, de 36%, em 2003, para 38%, em 2013.

Mas a renda atual, de acordo com a instituição, é muito mais próxima à da classe média do que dez anos antes.

A CAMINHO DO MEIO - Distribuição de riqueza na América Latina (em %)

*

Móvel para...
Aproximadamente 30 importadores de 16 países estão na Serra Gaúcha para rodadas de negócios.

...fora
Como em 2014, o Sindmóveis Bento Gonçalves e a Apex esperam exportar US$ 35 milhões (R$ 141,1 milhões).

*

HORA DO CAFÉ

Editoria de Arte/Folhapress
Charge Mercado Aberto de 18.fev.2016

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA


Endereço da página:

Links no texto: