Folha de S. Paulo


Setor que distribui remédios fatura 18% a mais em 2015

As empresas distribuidoras de medicamentos faturaram 18% a mais em 2015 na comparação com o ano anterior –um total de R$ 11,6 bilhões, segundo dados do IMS Health e da Abradilan (associação que representa o segmento).

No ano passado, foram comercializadas cerca de 700 milhões de unidades de medicação em todo o país, resultado 10,5% maior que o registrado em 2014.

O número reflete o consumo das pequenas e médias redes de farmácias, atendidas pelas empresas distribuidoras de remédios –elas representam cerca de 79% de todo o mercado nacional.

Mesmo destoante do atual cenário de redução de consumo, o crescimento obtido pelo setor no ano passado ficou dentro do esperado, na avaliação de Geraldo Monteiro, executivo da Abradilan.

"Ainda que as demissões tenham aumentado, muitas pessoas no fim de 2015 estavam cobertas pelo plano de saúde das empresas. Apesar de ser de primeira necessidade, o setor depende de estabilidade para contar com o consumidor que se previne."

Ainda no fim de 2015, as operadoras de saúde já tinham registrado encolhimento em suas margens de lucro.

Neste ano, o quadro deve mudar, e as previsões para o setor são mais austeras.

"Se registrarmos um aumento de receita de 10% a 15%, já vai estar de ótimo tamanho, sobretudo se compararmos esse número às perspectivas de retração do PIB."

*

INVESTIMENTO COLETIVO

Viações do grupo fluminense Guanabara (que possui também banco, concessionárias, empresas de transporte urbano e um hotel) deverão investir cerca de R$ 90 milhões neste ano na atualização de frotas.

Cerca de 20% dos ônibus de cinco companhias (Util, Brisa, Sampaio, Real Expresso e Rápido Federal) do conglomerado são renovados todos os anos –mesmo durante períodos de crise.

Ricardo Borges/Folhapress
Rio de Janeiro, RJ,BRASIL, 01/02/2016; Retrato de Gloria Barata, sócia da empresa de ônibus.(Foto: Ricardo Borges/Folhapress. ) *** EXCLUSIVO FOLHA***
Glória Barata, sócia do grupo Guanabara

"O ano de 2015 foi muito difícil para todo mundo, mas a frota costuma ser a nossa última linha de corte", afirma a sócia do grupo Glória Barata. "Ter um serviço de qualidade é essencial no nosso setor."

As empresas adotaram outras iniciativas para reduzir custos –principalmente os fixos– durante o ano passado. O compartilhamento de garagens entre companhias foi uma das medidas.

Com as atualizações feitas em 2015, a frota do grupo passou a ter três anos.

900
é o número de veículos na frota das empresas

120
são os ônibus renovados anualmente (cada um custa cerca de R$ 500 mil)

*

EM BAIXA VOLTAGEM

A produção da indústria eletroeletrônica caiu 21% em 2015. Trata-se do pior desempenho do setor desde 2002.

O segmento de eletrônicos teve o pior resultado, com queda total de 30%, puxada pela retração na área de informática, que recuou 42,6% no acumulado do ano.

A indústria elétrica diminuiu sua produção em 12,2%. O pior resultado foi no setor de lâmpadas e equipamentos de iluminação, com queda de 26,1%.

"O reajuste das tarifas de energia ajudou a retomada das compras de elétricos, mas a expectativa para 2016 segue ruim", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee (associação do setor).

Neste ano, a entidade projeta uma nova queda na produção de eletroeletrônicos, que deve chegar a 7%.

CURTO CIRCUITO - Variação na produção do setor de eletroeletrônicos, em %*

*

SÓ PARA QUEM TEM CNPJ

A incorporadora Cemara, tem planos para lançar um condomínio só para empresas em São José do Rio Preto. É um espaço com cem lotes de mil metros quadrados.

"Antes, as indústrias se instalavam em pontos isolados e pagavam pouco imposto territorial. Mas as cidades cresceram, as empresas ficaram rodeadas de residências e os custos aumentaram", diz o diretor Marcos Dei Santi.

A Cemara constrói a estrutura, como pavimentação, rede de água e esgoto etc. Está previsto também um condomínio residencial popular em Piracicaba e ela planeja um outro em Várzea Paulista. Somados, os investimentos são de R$ 48 milhões.

*

UNIÃO DE FROTAS

A Arval, empresa de terceirização de frotas pertencente ao grupo BNP Paribas, assumiu as atividades da companhia chilena Relsa no Brasil.

No Chile e no Peru, foi anunciado um acordo de joint venture entre as empresas.

A aquisição faz parte do plano de expansão da Arval, cuja frota passa a ser de 20 mil veículos, incluindo as 2.500 unidades recém-adquiridas.

"Há dois países da América Latina onde pode haver acordos nos próximos 12 meses, mas ainda estão sob estudo", diz o CEO da Relsa e CFO da Arval, Andrea Falcone.

Em 2015, a Arval teve crescimento de 20% no faturamento no país, e projeta uma alta de 15% para este ano.

*

Exploradores...
Mais de metade do tráfego na internet brasileira é de vídeos: 56%. O áudio representa 7%, compartilhamento de arquivos, 1%.

...de internet
O restante é de navegação na internet e outros serviços, com 35%. Os dados são de um índice compilado pela Cisco.

De onde vem
Os tablets têm maior média de consumo: 2.901 megas por mês, contra 2.646 dos computadores. Nos telefones, são 667 megas.

Mil
A Apae de SP incluiu o milésimo trabalhador com deficiência intelectual em um emprego. O programa para esse fim tem três anos.

*

HORA DO CAFÉ

Lederly
hora do cafe charge

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA


Endereço da página:

Links no texto: