O mercado interno de cobre atravessa uma mudança: as transações, que costumavam ser negociadas uma única vez por ano, com quantidades e preços determinados, passaram a ser feitas mês a mês, pelo valor do momento.
"Desde o fim de 2015, os clientes só aceitam comprar volumes tão pequenos [por ano] que não vale a pena fazer contrato de longo prazo", diz Christophe Akli, diretor-executivo da Paranapanema, produtora de laminados, barras e outros bens de cobre.
A razão para que as vendas tenham ficado miúdas e frequentes é a imprevisibilidade da economia. Os clientes de Akli são empresas que produzem fios, resistores e outros produtos, e que têm dificuldade para estimar a própria demanda, afirma.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Christophe Akli, diretor-executivo da empresa de cobre |
Nesse mercado, o preço é uma combinação do valor determinado pela Bolsa de Londres, em dólares, e uma taxa, chamada de prêmio, que é a remuneração da indústria de transformação.
Ambos caíram nos últimos meses, segundo Marcelo Barone, diretor-executivo da Sil, que produz fios e cabos.
"Estamos comprando mês a mês desde o ano passado. Se eu tivesse feito compra contratada [por ano] em 2015, teria desembolsado mais."
O mercado de latão passa por movimento semelhante, afirma Luciano Daniel Nunes, diretor-executivo da Eberle, empresa de botões que pertence ao grupo Mundial, que precisa dos dois metais para fabricar os produtos.
"Em 2013, programávamos as compras. Mudou nosso perfil de compra, e os fornecedores têm que se adaptar."
PASSAR NOS COBRES - Preço na Bolsa de Londres
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RISCO CALCULADO
A zona leste de São Paulo e os municípios de São Bernardo do Campo e Santo André têm os endereços da região metropolitana com maior incidência de roubo e furto de veículos, de acordo com dados do Grupo Tracker.
O levantamento, feito entre maio e outubro do ano passado, revela que motoristas de caminhão correm mais risco em Guarulhos (23%) e em São Bernardo (17%).
Os números apontam ainda que Santo André, com 25,8%, e São Bernardo do Campo, com 20,2%, têm as maiores estatísticas de roubo e furto de carros.
As cidades também lideram no roubo de motos, com 22,8% e 27,6%, respectivamente.
Já para quem dirige um veículo utilitário é mais perigoso trafegar pela zona leste de São Paulo, sobretudo nas ruas de São Mateus (34,9%) e Guaianazes (15,6%).
A tendência, segundo a empresa, é que o roubo de cargas se concentre nas entradas e saídas das rodovias que circundam a Grande São Paulo.
MAPA DO CRIME - Cidades da Grande SP com mais roubos de automóveis, em %
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MADE IN BRAZIL
O programa de exportações da Abest (Associação Brasileira de Estilistas), que reúne 67 marcas, aumentou seu faturamento em 9,5% em 2015, chegando a US$ 12,4 milhões (R$ 49,9 milhões).
O resultado vem após dois anos de quedas nas vendas ao exterior do grupo, que atua em parceria com a Apex-Brasil (agência nacional que promove exportações).
Entre as grifes participantes estão Osklen, Uma, Água de Coco e Cia Marítima.
Um dos principais fatores para o crescimento foi o real desvalorizado. "O câmbio foi muito vantajoso, mas também encareceu em cerca de 15% a matéria-prima aqui", afirma o vice-presidente executivo da associação Lourenço Bartholomei.
Um dos carros-chefe do país lá fora é a moda praia, diz o estilista Valdemar Iódice, vice-presidente da Abest.
As exportações também se diversificaram: passaram de 57 para 67 países. Deles, os parceiros mais representativos são EUA (37%), Japão (9,6%) e Portugal (9,5%).
Karime Xavier/Folhapress | ||
Valdemar Iódice, da associação de estilistas |
US$ 12,4 MILHÕES
foi o faturamento em exportações da Abest em 2015
67
é o número atual de países parceiros do programa
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Subiu...
O ano passado teve o pior novembro para o emprego no varejo paulista desde 2007, segundo a FecomercioSP. O saldo foi positivo, com alta de 0,6% nas vagas, mas baixo para o mês, tradicionalmente forte devido aos contratos temporários de Natal.
...mas nem tanto
O saldo mensal de empregos ficou 44% menor que o de 2014. Em doze meses foram 55,6 mil vagas fechadas. A expectativa é de piora: com o fim dos contratos de fim de ano, o período entre dezembro e março deve ter quedas ainda maiores.
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA