Folha de S. Paulo


Central de Angra terá de ressarcir distribuidoras por gerar menos

A geração de energia em Angra 1 e 2 em 2015 foi menor que a receita fixa, que define quanto as usinas recebem das distribuidoras a partir de uma quantidade mínima a ser fornecida por elas.

No ano passado, as duas usinas nucleares geraram juntas 14.808.265,567 MWh.

Ainda assim, o total gerado ficou abaixo do que foi pago pelas distribuidoras, que desembolsam um valor fixo por ano, e a Eletronuclear terá de ressarcir o sistema.

Com a produção da central em 2015, seria possível suprir uma cidade de 6,3 milhões de habitantes, ao se considerar que o consumo anual de energia per capita é de 2,335 MWh, de acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

"Tivemos uma greve de mais de 20 dias, que prolongou o tempo de parada para manutenção e recarga da usina de Angra 1", lembra Paulo Soares, da Eletronuclear.

A usina também teve uma falha técnica, o que contribuiu para um resultado pior que o registrado no ano anterior.

A definição do valor a se devolver depende de parecer da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

ENERGIA NUCLEAR - Geração bruta das usinas, em milhões de MWh

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Empresas barradas em licitações chegam a mais de 12 mil

No ano passado, 3.636 empresas foram incluídas no cadastro de inidôneas e suspensas, a lista das companhias que não podem fornecer produtos ou serviços para a administração pública.

Empresas entram nesse registro se for detectada fraude durante a licitação ou então se elas não conseguirem cumprir o contrato firmado –um atraso no fornecimento, por exemplo, pode levar à inclusão no cadastro.

"Desde 2014, a lei anticorrupção explica o número. Ela obriga todos os órgãos públicos a notificar as punições", afirma Antônio Vasconcellos Nobrega, coordenador da Controladoria Geral da União. A tendência é que nos próximos anos o volume cresça mais, diz ele.

Estão vigentes punições a mais de 12 mil empresas. Elas saem da lista depois de um prazo estabelecido pelo ente público que aplicou a pena.

Entre as que entraram em 2015, 2.694 continuam impedidas de vender para o governo. E cerca de 2.000 empresas condenadas em 2014 ainda estão na lista.
A pena mais comum é a proibição de fornecer para o órgão que detectou a irregularidade. A segunda abrange também prefeituras, governos estaduais e União.

"Um caso clássico de suspensão é a empresa que abandona o contrato", diz Fernando Villela, do escritório Siqueira Castro.

Com a recessão econômica, fica mais difícil cumprir alguns acordos e isso contribui para que a lista cresça, segundo Ricardo Levy, do Pinheiro Neto, que diz ter muitos clientes nessa situação.

"A Lava Jato é outro fator. Os gestores ficam temerosos de serem acusados de leniência e penalizam de maneira indiscriminada."

ACESSO FECHADO - Empresas impedidas de fornecer ao governo

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CACHORRO NÃO PENSA NO DÓLAR

A rede Petz, de produtos para animais de estimação, planeja inaugurar 12 unidades até o fim deste ano. A empresa prevê encerrar 2016 com um faturamento de cerca de R$ 480 milhões.

A expansão da marca vai se concentrar em Estados do Sul e na região Sudeste, onde a empresa já atua.

"O consumidor tem se mostrado receptivo ao nosso modelo, de megalojas. Apostamos nele, mesmo que o mercado em si fique estável", diz Sergio Zimerman, presidente da rede.

O executivo diz que o setor está mais protegido que o resto do varejo por se escorar no aumento das famílias com pets, na maior conscientização dos cuidados com os bichos e na renda.

"Desses três fatores, apenas o último não permanece intacto. Mas o cachorro é cada vez mais tratado como parte da família e não sabe da alta do dólar. Ele come, fica doente e tem demandas do mesmo jeito."

22%
é a expectativa de alta de faturamento com produtos de estética

34
é o número de unidades da rede no país, em quatro Estados e no Distrito Federal

Leticia Moreira/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 02-05-2013, 10h00:Sergio Zimerman, dono do grupo Pet Center Marginal, no interior da filial do Butanta, que foca no conceito de consumo express. (Foto: Leticia Moreira/ Folhapress, REVISTA SAO PAULO)
Sergio Zimerman, presidente e fundador da rede de lojas

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MARCHA LENTA

O aumento da porcentagem de biodiesel no combustível, um dos compromissos assumidos pelo país na COP21, caminha a passos lentos, afirmam representantes do setor.

A meta é que, em 2016, o Congresso aprove um projeto que eleva a taxa obrigatória de 7% para 8%, com aumentos para 9% e 10% nos anos seguintes. Caso o texto passe, a Anfavea (associação de fabricantes de veículos) tem mais 12 meses para liberar a mudança.

Ainda assim, a expectativa para o ano é de crescimento de 10%, diz o presidente da associação dos produtores de biodiesel, Erasmo Carlos Battistella.

TANQUE VERDE - Porcentagem obrigatória de biodiesel no Brasil

BIODIESEL NO MUNDO - Porcentagem obrigatória de biodiesel

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HORA DO CAFÉ

Lézio Júnior
hora do cafe charge

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