Folha de S. Paulo


Sem crise, rede de hotéis GJP lança bandeira nova

A rede de hotéis e resorts GJP, do fundador da CVC Guilherme Paulus, lançará uma nova bandeira.

A Linx Oba estará em um patamar inferior ao da marca econômica da empresa (Linx) e será voltada para o público de 25 a 40 anos. A companhia prevê 25 unidades desse modelo até 2018.

A bandeira faz parte do projeto de expansão da rede, que inclui investimentos anuais de R$ 200 milhões nos próximos dois anos.

O plano foi anunciado em 2014 e permanece sem alterações, já que a empresa não foi, segundo Paulus, impactada pela crise.

"Projetamos para 2015 um crescimento na receita de 10% [sem descontar a inflação, que, até setembro, foi de 7,64%] e continuamos acreditando no país", afirma.

A taxa de ocupação média das unidades da rede avançará em um ritmo mais acelerado -deverá passar dos 65% registrados no ano passado para 80% em 2015.

Até dezembro, o grupo vai inaugurar dois hotéis novos. Um no aeroporto Santos Dumont, no Rio, e outro no de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

"Estamos esperando as outorgas de outros terminais. Quando elas forem abertas, vamos concorrer", acrescenta o empresário.

Para depois de 2018, estão projetadas três unidades de luxo com, no máximo, dez apartamentos cada uma. A empresa já opera um hotel desse modelo, em Gramado (RS), que recebeu um aporte de cerca de R$ 10 milhões.

Hoje, a GJP tem 15 empreendimentos em operação em 10 Estados. Até 2018, deverão ser 48 unidades.

RAIO-X rede de hotéis GJP - Taxa de ocupação, em %

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Dinheiro verde

A CI (Conservação Internacional), ONG voltada para a sustentabilidade ambiental, investirá US$ 70 milhões (R$ 264 milhões) em projetos no Brasil nos próximos dez anos.

A maioria dos recursos é de origem estrangeira, afirma Rodrigo Medeiros, responsável pela unidade brasileira da organização, que é de origem norte-americana.

"Cerca de 40% dos recursos são oriundos daqui. O resto é repasse [de unidades de outros países] ou doações estrangeiras diretas."

A ONG redistribui verbas para outras organizações que atuam em diferentes setores.

As prioridades para os próximos anos são restauração de florestas, provisão de água nas grandes cidades e redução de pobreza.

A CI atua nesse último braço para dar "alternativas para que as pessoas desenvolvam atividades econômicas sem destruir o ambiente".

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Breve confiança

Pequenos varejistas e prestadores de serviços estão com expectativa um pouco menos negativa em relação à economia em outubro, segundo o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário, calculado pelo SPC Brasil.

O índice atingiu 38,72%, um ponto percentual maior do que no mês anterior.

"O varejista agora entra em um ciclo de venda, principalmente por causa do Natal", diz Flávio Borges, gerente-financeiro do SPC.

CÉU ENCOBERTO - Confiança do micro e pequeno empresário, em %

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Visão do futuro

Apenas 2,7% dos executivos brasileiros afirmam acreditar em uma retomada do crescimento econômico em 2015, segundo a consultoria Grant Thornton, responsável pelo estudo International Business Report.

Mais da metade dos gestores (52%) acredita que a economia deverá voltar a crescer em 2016, conforme a pesquisa, que ouviu 75 executivos de empresas de médio e de grande porte.

Outros 45,3% dos entrevistados só dizem perceber um cenário de melhora em 2017.

Foram consultados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores.

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Exemplo... O ex-presidente americano Bill Clinton encerra no dia 12, o 10º Encontro Nacional da Indústria, da CNI (confederação do setor), em Brasília.

...americano Para cerca de 2 mil líderes empresariais, Clinton vai relatar experiências do seu governo, como corte de gastos, diz a entidade.

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Hora do café

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com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN


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