Folha de S. Paulo


Exportações de medicamentos recuam 16%

A desvalorização de 22,6% do real em relação ao dólar registrada nos sete primeiros meses deste ano não conseguiu impulsionar as exportações da indústria farmacêutica brasileira, que recuaram 15,99% no período.

A queda das vendas para outros países foi mais acentuada do que a das compras. A retração das importações, decorrente da debilidade do mercado interno, ficou em 8,44%, segundo o Sindusfarma (sindicato do setor).

"Na área farmacêutica, não se conquista mercado por causa de variação cambial. Não é uma commodity", diz o presidente da entidade, Nelson Mussolini.

"Cada medicamento exportado precisa ter registro no país [de destino]."

O ganho de competitividade em alguns países da América Latina também levou empresas a adquirir ou instalar fábricas na região, segundo o executivo. A Eurofarma, por exemplo, tem unidades na Colômbia e na Argentina.

"Ainda tem a concorrência forte com produtos, principalmente genéricos, da China e da Índia", diz.

"O dólar alto acaba atrapalhando o setor, porque somos mais dependentes da importação [de insumos] do que exportadores. A rentabilidade das empresas piorou e isso terá um impacto nos descontos repassados pelas farmácias."

O deficit da balança comercial do setor passou dos US$ 3,4 bilhões dos primeiros setes meses de 2014 para US$ 3,2 bilhões no mesmo período deste ano, o que representa um recuo de 6,43%.

Balança comercial da indústria farmacêutica - De janeiro a julho, em US$ milhões

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Céu de brigadeiro

Mesmo com as dificuldades da economia no país, a BB Seguridade mantém a meta de crescimento de dois dígitos e acima da média do mercado, segundo o diretor-presidente, Marcelo Labuto.

"Em 2016, acreditamos que esse cenário não se altere. A indústria continuará a crescer e nós, acima dela."

No acumulado deste ano até junho, a receita foi cerca de 18% acima da registrada no mesmo período de 2014.

A companhia é o braço de seguros do Banco do Brasil (engloba Brasilprev, Grupo Segurador BB e Mapfre, Brasilcap e Brasildental), que abriu capital na Bolsa em abril de 2013.

A boa rentabilidade tem perdurado não só pela forte distribuição nas agências do banco, como também pela ainda baixa penetração de produtos na base de clientes –que vem principalmente dos 58 milhões de clientes ativos do banco.

O lucro líquido vem muito positivo. O resultado financeiro veio acima do imaginado em razão da alta de juros, e de outro, houve uma melhora nas despesas administrativas, segundo Labuto.

R$ 2,2 bilhões foi o lucro líquido da companhia no primeiro semestre deste ano

44,9% foi a alta na comparação com o mesmo período do ano passado

Adriano Vizoni/Folhapress
Marcelo Labuto, presidente da BB Seguridade
Marcelo Labuto, presidente da BB Seguridade

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Jovem brasileiro quer trabalhar fora e valoriza jornada flexível

Os jovens brasileiros são os que mais sonham em trabalhar numa multinacional no exterior e que querem estar em empresas com jornadas de trabalho flexíveis, segundo estudo do Credit Suisse.

Eles também têm como meta a conquista da casa própria e valorizam empresas ambientalmente responsáveis mais do que os outros entrevistados, de Cingapura, dos Estados Unidos e da Suíça.

Além de preocupações financeiras e com a gestão de carreira, os brasileiros igualmente se destacam pelas inquietações com temas políticos, apontam os dados.

"O Brasil tem os jovens mais politizados, a frente dos norte-americanos e suíços", diz Lukas Golder, que conduziu o estudo. "Por serem menos nacionalistas, eles se preocupam mais com questões amplas, como as sociais."

O cientista político e de mídia lembra ainda que as particularidades brasileiras ajudam a tornar esses cidadãos mais sensíveis a problemas sociais do que os outros.

Foram consultados jovens com idade entre 16 e 25 anos dos quatro países.

PENSAMENTO FUTURO - O que mais motiva os jovens, em %

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Turismo três em um

A CVC passa a adotar nesta sexta (2) sua primeira estratégia comercial de sinergia entre as empresas Submarino Viagens (de turismo on-line) e Rextur Advance (do segmento corporativo).

A companhia colocará no ar uma plataforma para locação de carros que será comum às três marcas.

Desde que comprou a Rextur em 2014 e a Submarino no primeiro semestre deste ano, a CVC fez alterações na estrutura das empresas. Apesar de os negócios serem administrados de forma separada, cargos que eram coincidentes foram eliminados.

No primeiro semestre deste ano, a companhia registrou alta de 29,4% em seu lucro líquido na comparação com o mesmo período de 2014.

Procurada, a CVC não quis comentar a estratégia.

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Consumo... Eletrônicos lideram, com 77%, as compras na internet, seguidos por eletrodomésticos, segundo pesquisa da Mastercard/Ibope.

...frequente Em relação à frequência, 38% afirmam comprar uma vez por mês, 9% uma vez por semana, 8% de duas a três vezes por semana.

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Hora do Café

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e DOUGLAS GAVRAS


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