Folha de S. Paulo


JBS Foods estima crescer com substituição da carne

Com a migração do consumo da carne bovina para o frango causada pela crise, a JBS Foods (unidade de negócios da JBS especializada em aves, embutidos e massas) espera crescer neste ano mais do que em 2014.

A empresa concentrará suas ações na marca Seara e investirá em opções de substituições de proteína com tíquete médio maior, como embalagens de frango individuais ou que vão direto ao forno e não requerem manuseio.

"O frango é mais competitivo e tem apelo saudável. Acreditamos que ele tem uma oportunidade de inovação grande", diz Gilberto Tomazoni, presidente da JBS Foods.

"Obviamente, o produto mais prático é mais caro, se comparado à opção básica, mas ainda assim é mais acessível que outra proteína."

Além da queda na renda do consumidor, a empresa percebe outros desafios no cenário econômico atual, como custos estruturais que pressionam as margens.

"O aumento da produtividade é fundamental para mantermos competitividade em um mercado restrito, não mais de vento em popa como no passado."

A JBS Foods projeta lançar neste ano 60 produtos em seu portfólio. Em 2014, foram 70.

Na última terça (14), a empresa conseguiu derrubar a liminar obtida pela BRF para que a propaganda que remete ao 'S' de Sadia fosse retirada do ar. "A campanha precisa de humor. Não nos comparamos com ninguém, apenas falamos das novas características do nosso produto."

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Importação de remédios cai 11,1% no 1º semestre

A alta do dólar e a retração do mercado interno fizeram com que as importações de medicamentos caíssem 11,1% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Interfarma (entidade do setor) com base em dados do Ministério do Desenvolvimento.

Os desembarques atingiram US$ 3 bilhões (R$ 9,4 bilhões) de janeiro a junho. No ano anterior, foram US$ 3,4 bilhões (R$ 10,6 bilhões).

"As vendas de medicamentos por aqui começaram a sofrer uma desaceleração no ano passado e isso impactou as importações neste ano", afirma Pedro Bernardo, diretor da entidade.

"O cenário deve ser ainda pior no segundo semestre por causa de uma maior retração do mercado interno."

O recuo também fez cair em 9,6% o deficit da balança comercial, que atingiu US$ 2,5 bilhões (R$ 7,8 bilhões).

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Freio no bolso

A parcela de brasileiros que afirmam não pretender comprar bens duráveis caiu quatro pontos percentuais em maio, na comparação com o mesmo mês de 2014, e chegou a 77%, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ.

Outros 16% disseram ter intenção de compra e 4% se mostraram indecisos.

"O consumidor perdeu seu poder de compra e continua sendo impactado pela inflação elevada e pelo aumento dos juros", diz Juliana Campos, estatística da federação.

Os produtos com maior intenção de compra no curto prazo são os eletrônicos (47%), os eletrodomésticos (35%) e os móveis (14%).

A pesquisa também mostra que diminuiu o número de famílias com sobra no orçamento após o pagamento das contas –passou de 33% para 29%. Desses, 65% disseram que irão poupar. Foram ouvidas 1.200 pessoas.

16% são os consumidores que pretendem comprar bens duráveis

54% são as famílias que não tiveram dinheiro extra após o pagamento das contas

20% são os que vão gastar o dinheiro que sobrou com alimentação

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União... A Saint-Gobain, de produtos industriais, materiais de construção e embalagens, criou um grupo de trabalho no Brasil, formado por executivos de nove companhias, para debater projetos na área digital.

...digital Além da multinacional francesa, integram a iniciativa dirigentes de Bayer, Edenred, Hay Group, Itaú, Localiza, Multiplan, Tetra Pak e Vivo. Os executivos deverão se reunir a cada dois meses.

Além-mar A Positivo iniciou a operação de sua fábrica própria, em parceria com o grupo argentino BGH, em Ruanda, na África. A unidade tem capacidade para 60 mil computadores e tablets por mês.

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Hora do café

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


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