Folha de S. Paulo


Cooperativa de crédito investe R$ 250 mi no país

A cooperativa de crédito Sicredi vai investir R$ 250 milhões neste ano para expandir sua presença no país e aprimorar o atendimento em meios físicos e digitais.

A maior parcela dos recursos -cerca de R$ 200 milhões- será aplicada em tecnologia da informação. Metade irá para o desenvolvimento de novos produtos e o restante para a manutenção de ferramentas existentes.

Entre as medidas, estão a instalação de totens de autoatendimento, novas opções de transações pela internet e mais eficiência em processos internos do banco, como o de gerenciamento de risco na concessão de crédito.

"Nascemos no agronegócio, mas queremos ampliar ainda mais nossa atuação em outros segmentos, como o de jovens e o de micro, pequenas e médias empresas", afirma Edson Georges Nassar, CEO do grupo Sicredi.

Essa será a primeira vez que produtos específicos para jovens receberão tanta atenção em um plano de investimentos da empresa, segundo o executivo.

O banco de crédito abrirá ainda 70 unidades nos 11 Estados em que atua, o que movimentará R$ 50 milhões em aportes. Hoje, são 1.300 pontos de atendimento em cerca de 200 municípios.

"Em algumas cidades, somos a única instituição de crédito presente."

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Importado dissolvido

As importações do setor farmacêutico devem diminuir neste ano com o recuo do mercado doméstico. Em 2014, os desembarques ficaram estáveis pela primeira vez em onze anos.

"Elas não avançarão assim como acontecerá com as vendas do setor no país como um todo. Já tivemos um começo de ano difícil e não devemos crescer acima da inflação em 2015", diz o presidente do Sindusfarma (sindicato da indústria farmacêutica), Nelson Mussolini.

No ano passado, porém, as importações não registraram alta por causa da falta de inovações no exterior, segundo o executivo.

"O mercado brasileiro cresceu 12%. Então a produção local alavancou as vendas. Está havendo uma transferência de tecnologia e maior produção local."

Ainda em 2014, as vendas nacionais para outros países subiram 3,55%. Elas, porém, equivalem a apenas 21% do valor total importado.

"Enquanto não tivermos inovação, não haverá propulsão nas exportações."

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Subsolo gasoso

O Brasil é o quarto país da América Latina que menos tem sondas para a exploração de gás natural em solo. Apenas Bolívia, Chile e Peru ficam atrás no ranking.

Em abril, o país contava com 20 equipamentos em operação, segundo a CNI, a partir de estudo da Baker Hughes Rig Counts, americana que fornece dados para a indústria petrolífera. Em 2011, eram 37 sondas para uso "on shore" (em terra).

"Essa rede foi desmobilizada por causa da falta de leilões, da pesada burocracia ambiental e da falta de dados geológicos confiáveis", afirma Rodrigo Garcia, especialista em políticas industriais da confederação.

Garcia diz também que a Argentina apresentou grande salto na exploração do produto em solo após ter refeito sua legislação para atrair investimento privado.

"No Brasil, há uma mesma norma para exploração em terra e no mar."

No topo da lista dos países com mais sondas estão Argentina (104), Venezuela (74), México (46) e Colômbia (38).

27% foi a participação do gás extraído em solo na produção nacional em 2014

22 são as empresas com sondas em operação no país

14 são os equipamentos de Bolívia, Chile e Peru

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De mãe para filho

O número de mães com plano de previdência privada destinado a seus filhos com idade inferior a 21 anos está em ascensão no país.

No Banco do Brasil, as mulheres correspondem a 42% dos clientes desse tipo de produto. "Elas são chefes de família e estão preocupadas com o futuro dos filhos", afirma Soraia Fidalgo, da instituição financeira.

No banco, 68% delas têm até 50 anos e fazem, em média, aportes mensais de R$ 127.

Na Caixa, o plano é composto por 51% de mulheres e 49% de homens. "Se o tipo é regressivo, a tributação cai com o tempo", diz Rosana Techima, diretora de previdência. O Bradesco informou apenas que 42% de seus clientes são mulheres.

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Parceria... A gestora de fundos Paladin Realty e a construtora Calper investirão US$ 15 milhões (R$ 45 milhões) em dois residenciais no Rio.

...imobiliária Os aportes podem se estender em mais US$ 35 milhões entre os próximos 12 e 18 meses e totalizar seis projetos na capital.

Na brasa A rede Mania de Churrasco inaugurará mais quatro unidades em São Paulo neste ano. Hoje, são 20 pontos, entre próprios e franquias.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


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