Folha de S. Paulo


Debênture vira alternativa para pequenos negócios

Com a maior restrição de crédito, pequenas e médias empresas têm buscado no mercado de debêntures privadas recursos para ampliar suas operações.

É o caso da DMCard, que administra cartões de crédito para o varejo. A empresa emitiu R$ 100 milhões em títulos para o Pátria Investimentos, que serão usados para captar novos clientes e financiar as transações de usuários existentes. Ao todo, serão R$ 150 milhões em aportes neste ano.

"Os consumidores das classes C, D e E estão com dificuldade de obter crédito por causa da crise, por isso estão recorrendo aos cartões de lojas", diz Denis Carvalho, sócio da DMCard.

A empresa se financia por meio da debênture e tem quatro anos para pagar a instituição financeira com juros.

Editoria de Arte/Folhapress

Hoje, 70% dos recursos da DMCard vêm do financiamento alternativo e outros 30% de bancos convencionais.

"Acreditamos que reduziremos a participação das instituições bancárias, não porque queremos, mas, sim, porque o crédito está cada vez mais restritivo."

Desde o terceiro trimestre de 2014, houve um aumento acentuado na procura por operações de crédito na gestora, diz Mauro Levi D'Ancona, vice-presidente do Pátria.

"A demanda vem especialmente de empresas de médio porte, que além dos recursos, buscam um atendimento individualizado, que bancos com milhares de clientes não conseguem oferecer", afirma D'Ancona. O Pátria integra o conselho administrativo da DMCard como observador.

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Hora sob medida

A Vacheron Constantin inaugura oficialmente nesta quarta-feira (15) sua primeira loja na América do Sul. Fundada em 1755 em Genebra (Suíça), com atividade ininterrupta há 260 anos, a marca passa a oferecer em butique própria seus relógios.

Karime Xavier/Folhapress
Yann Bouillonnec, diretor internacional da relojoaria, em São Paulo
Yann Bouillonnec, diretor internacional da relojoaria, em São Paulo

Os preços partem de US$ 15 mil (cerca de R$ 46 milhões). "O mais caro? Não há limite para nós. Nossa origem está na peça feita sob medida, o que continuamos a fazer", diz o diretor comercial internacional, Yann Bouillonnec.

"Praticamos os mesmos preços, seja em Genebra, Miami ou em São Paulo, onde temos toda a coleção."

A loja conta com um relojoeiro treinado na Suíça para fazer eventuais consertos das peças para que não seja necessário enviá-las à Europa.

60
são as butiques no mundo

30 mil
são os relógios fabricados por ano no mundo

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Almoço fora

O preço pago por uma refeição fora de casa na hora do almoço no país é de R$ 27,36 em média, segundo pesquisa encomendada pela Assert (associação das empresas de alimentação convênio para o trabalhador) ao Datafolha.

Na cidade de São Paulo, porém, o valor fica em R$ 27,89 -quase 2% acima da média nacional.

O levantamento completo será divulgado nesta quarta-feira (15). Ao todo, 5.118 empresas em 51 cidades do país foram analisados em novembro e dezembro de 2014.

R$ 27,36
é o preço médio de um almoço fora de casa no país

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Questão locatária

O volume de ações locatícias na cidade de São Paulo caiu 16,3% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o Secovi-SP (entidade da habitação) a partir de dados do Tribunal de Justiça.
Foram protocoladas 1.413 ocorrências contra as 1.689 em fevereiro de 2014.

"Não quer dizer que as pessoas estejam com mais dinheiro, mas, sim, fazendo acordos, sem recorrer à Justiça", afirma Jaques Bushatsky, diretor da entidade.

Editoria de Arte/Folhapress

Na comparação com janeiro, houve aumento de 2,2%.

As ações por falta de pagamento de aluguel representam 83% do total de queixas.

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Ampliação natural

A Weleda, marca suíça de medicamentos e cosméticos naturais, reabre nesta quarta (15) sua loja no Itaim –a segunda farmácia própria em São Paulo– e se prepara para ingressar no mercado em Curitiba.

"Teremos uma parceria com uma empresa local a partir de julho", diz Ulrike Weber, diretora da Weleda para a América do Sul, a Itália e a Espanha.

"Daremos treinamento para garantir a qualidade dos produtos e do atendimento. Os remédios serão feitos localmente e os nossos cosméticos, como em outras lojas, virão da Europa", acrescenta.

Karime Xavier/Folhapress
Ulrike Weber, diretora da marca suíça
Ulrike Weber, diretora da marca suíça

Nono mercado da empresa em 52 países, o Brasil tem a segunda maior comunidade de médicos antroposóficos do mundo. Por essa razão, o carro-chefe aqui são os remédios.

Os cosméticos, que no exterior representam 70% do faturamento, respondem por 30% do resultado no Brasil. A empresa tem 66 produtos nessas linhas, além de medicamentos manipulados em farmácia.

A empresa fechou 2014 com um faturamento de R$ 36 milhões (um crescimento de 20% em relação ao ano anterior) no país.

"Trabalhamos para aprimorar a distribuição e crescer aqui 20% neste ano."

8
são as lojas da marca no Brasil, além de unidades de revenda

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Fundo... O 99Designs captou US$ 10 milhões da americana Recruit Strategic Partners.

...para design O grupo on-line tem escritórios no Brasil, na Alemanha e na Austrália.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA*


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