Folha de S. Paulo


Mudança do Simples deve ser enviada ao Congresso

O governo deverá enviar, em junho, ao Congresso a proposta que amplia o teto de faturamento das empresas que podem se enquadrar no Simples Nacional. O texto deveria ter sido encaminhado em março, mas foi adiado por causa do ajuste fiscal.

A informação é do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), que participa dos debates sobre o assunto no Planalto.

O valor da receita bruta anual passará de R$ 3,6 milhões para R$ 7,2 milhões (sendo que 50% deverão ser obtidos no mercado interno e 50% no externo) nos setores de serviço e comércio e para R$ 14,4 milhões na indústria.

Editoria de Arte/Folhapress

"Essa faixa até supera nossas expectativas", diz o presidente da entidade, Sérgio Approbato Machado Júnior.

Em janeiro, o sindicato fez levantamento com os 8.000 associados e 57% dos que responderam ao questionário disseram ser necessário ampliar o atual teto. Quase 20%, porém, disseram que nenhuma alteração conseguirá barrar a informalidade e 14% afirmaram não acreditar que o governo faria novas alterações.

As últimas modificações no programa são recentes. A lei que universalizou o acesso ao Simples –até então restrito a alguns setores– e que fixou o teto em R$ 3,6 milhões foi sancionada no ano passado.

A nova proposta também reduzirá para sete as faixas de faturamento das empresas que pagam diferentes alíquotas tributárias –hoje são 20.

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Genética global

A subsidiária brasileira da Genzyme, empresa de biotecnologia do grupo Sanofi, integrará uma pesquisa global da companhia para o desenvolvimento de uma nova geração de medicamentos para enfermidades raras.

A droga deverá ser destinada a pessoas com as doenças de Gaucher tipo 3 e de Fabry, dois distúrbios genéticos. Também há expectativa de que possa servir para o tratamento de Parkinson.

Karime Xavier/Folhapress
David Meeker, CEO global da empresa de biotecnologia, e Eliana Tameirão, presidente no Brasil
David Meeker, CEO global da empresa de biotecnologia, e Eliana Tameirão, presidente no Brasil

"Dependendo dos resultados do estudo, se forem fortes e rápidos, eu acredito que nos próximos quatro ou cinco anos a pesquisa poderá estar concluída", diz David Meeker, CEO e presidente mundial da companhia.

A Genzyme também lançou no Brasil em março dois novos medicamentos para esclerose múltipla. "Já estão no mercado, aprovados pela Anvisa. O próximo passo agora é serem incorporados ao SUS", afirma Eliana Tameirão, presidente da empresa no país.

Todos os remédios comercializados pela marca no Brasil são importados. "Eles são destinados a pequenas populações, então dificilmente há condições de termos um modelo com múltiplas fábricas pelo mundo", afirma a executiva.

5.300 é o número de funcionários no Brasil do grupo Sanofi, ao qual pertence a Genzyme

€ 2,6 bilhões foram as vendas globais da Genzyme em 2014, o que equivale a R$ 8,8 bilhões

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Expansão cosmética

A Dermage, rede carioca de dermocosméticos, investirá R$ 20 milhões para abrir dez lojas próprias em São Paulo até 2016.

Para cada ponto na capital paulista, de 30 metros quadrados de área, serão aportados cerca de R$ 2 milhões. Todas as novas unidades serão abertas em shopping centers.

"O nosso estudo de viabilidade mostrou que São Paulo comporta até 35 lojas, mas é o custo das operações que freia uma expansão maior", afirma a CEO da companhia, Ilana Braun.

No país, a Dermage possui hoje 60 pontos, sendo 20 próprios e 40 franquias.

Ao longo deste ano, a rede também abrirá mais dez franquias, com investimento feito pelo franqueado de R$ 200 mil por unidade.

"O efeito cambial não nos afeta porque não dependemos da importação. Temos produção própria e achamos que esse é o momento de expandir o negócio", acrescenta a executiva.

Os 120 produtos da rede são produzidos na fábrica da empresa, localizada em Bonsucesso, no Rio de Janeiro.

R$ 102 milhões foi o faturamento da companhia no ano passado

400 é o atual número de funcionários da empresa

60 é o total de lojas em operação

20 dessas lojas são próprias

R$ 2 milhões é o valor que será aportado em cada nova unidade da marca em São Paulo; serão dez pontos até 2016

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Moinho tecnológico

R$ 80 milhões foi o faturamento da empresa no ano passado

R$ 100 milhões é o faturamento esperado para este ano

R$ 40 milhões será o aporte realizado; 50% do capital será próprio e 50% financiado pelo BNDES

100 são os funcionários da empresa; 50% deles são engenheiros

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Moinho tecnológico

Com um investimento de R$ 40 milhões, a empresa de biotecnologia Granotec/Granolab vai transferir sua fábrica de Curitiba para Araucária (a cerca de 40 quilômetros da capital paranaense).

O aporte permitirá à companhia triplicar sua atual capacidades de produção. O espaço de armazenamento passará de 2.000 metros quadrados para 9.500.

"Estamos operando próximo do limite da capacidade há 18 meses", afirma Cássio Venturelli, um dos acionistas da empresa.

"Como atendemos uma indústria de base, somos menos afetados [pela desaceleração econômica] no primeiro momento", acrescenta.

A companhia é especializada no tratamento de farinha de trigo e desenvolve, principalmente, fórmulas para compensar as flutuações da qualidade do produto.

"Hoje, 35% da farinha consumida no Brasil é produzida internamente. Há períodos em que a produção nacional apresenta problemas. Criamos fórmulas para compensar esses distúrbios, mas elas precisam ser específicas para cada cliente"

Do total investido, 50% será capital próprio. O restante, financiado pelo BNDES. A companhia espera iniciar as operações na nova unidade ainda neste ano.

R$ 80 milhões
foi o faturamento da empresa no ano passado

R$ 100 milhões
é o faturamento esperado para este ano

R$ 40 milhões
será o aporte realizado; 50% do capital será próprio e 50% financiado pelo BNDES

100
são os funcionários da empresa; 50% deles são engenheiros

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


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