Folha de S. Paulo


Alitalia planeja novos voos, inclusive para Brasil

Depois de praticamente renascer no fim do ano passado com a entrada da Etihad Airways como acionista com 49% na companhia, a Alitalia estima criar dez novas rotas, principalmente para a Ásia, ao longo de 2015.

Entre os principais destinos a serem inaugurados estão Xangai, Seul e Abu Dhabi –este saindo de Veneza.

O Brasil também está nos planos. A companhia aérea, que já tem dois voos diários, de São Paulo e Rio de Janeiro para Roma, estuda a viabilidade de implantar outro.

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"Ainda não sabemos se esse possível voo adicional será para Roma ou para Milão, uma antiga demanda", disse nesta terça-feira (17) Silvano Cassano, CEO mundial da empresa, em seu escritório em São Paulo.

Para justificar o investimento, a companhia conta com dois grandes eventos da Bota: a Expo mundial, a partir de maio, em Milão, e o "Ano Santo" ("Jubileu da Misericórdia"), anunciado pelo papa Francisco, com início em 8 de dezembro.

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Silvano Cassano, CEO mundial da companhia aérea, em São Paulo
Silvano Cassano, CEO mundial da companhia aérea, em São Paulo

"São um bom ponto de partida para testar o mercado porque o Brasil tem muito potencial", afirmou.

A companhia ainda não sentiu queda no movimento em seus aviões entre as cidades brasileiras e Roma, apesar da alta do câmbio, disse.

O grupo vem investindo em tecnologia, wi-fi nos voos, reforma de aeronaves e aquisição de novos aviões. O plano de negócios da Alitalia, porém, estima o retorno à rentabilidade apenas em 2017, conforme o executivo.

A empresa ainda não se beneficiou da queda do preço do petróleo. "As compras já estavam feitas, com hedge [proteção para travar o preço]. Para o próximo ano, estimamos entre US$ 55 e US$ 60 o barril."

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Empresas de pré-fabricados de concreto reduzem investimentos

A indústria de pré-fabricados de concreto diminuiu o seu nível de investimentos em 2014, segundo estudo da FGV encomendado pela Abcic (associação da área).

O saldo (percentual das empresas que aumentaram o seu aporte menos a parcela das que diminuíram) ficou em 11,5 pontos percentuais. No ano anterior, o índice havia sido de 45 pontos.

Editoria de Arte/Folhapress

"Assim como em outros setores, as incertezas com a demanda e a economia fizeram os fabricantes rever os seus planos de investimentos", diz Íria Doniak, presidente-executiva da entidade.

A limitação de recursos, a carga tributária e o custo do financiamento foram outros fatores citados pelos grupos.

Em 2014, os segmentos com maior participação na compra de pré-moldados foram shoppings e indústrias, que tradicionalmente usam esse sistema nas obras.

"Também houve aumento significativo na área de infraestrutura. Todos os novos estádios da Copa, além de aeroportos, utilizaram a construção industrializada."

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Mãos de tesoura

Um dos mais sofisticados salões de beleza de São Paulo, o Studio W vai abrir uma escola para treinar profissionais da área.

A Academia Studio W vai oferecer cursos de curta duração com especialistas, como o próprio sócio Wanderley Nunes.

As aulas serão sobre temas como maquiagem, cortes e colorações, além de gestão financeira. A expectativa é ter 12 cursos por mês para cerca de 400 pessoas. A rede de cabeleireiros, que tem oito unidades (sete no Estado e uma no Paraná), já tinha um centro interno de treinamento.

Karime Xavier/Folhapress
Wanderley Nunes e Rosangela Barchetta, da rede de salões
Wanderley Nunes e Rosangela Barchetta, da rede de salões

"Há muito pouca profissionalização no setor no país. Apenas cerca de 3% têm formação na área", diz Wanderley Nunes.

"Além de ampliar os negócios, atenderemos a uma demanda. Temos pedidos de cursos de vários locais do Brasil", diz a sócia Rosangela Barchetta.

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Cheque especial na energia

A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) assinou acordos com os bancos Bradesco, BTG Pactual, Santander e Safra para atuarem com o novo modelo de garantias financeiras para empresas do setor.

A medida será obrigatória a partir de agosto para todas as companhias que operam com compra e venda de energia, com exceção de concessionárias e permissionárias de distribuição, segundo a Aneel (entidade reguladora).

Outras instituições financeiras também poderão se habilitar para o processo.

Hoje, os agentes depositam um montante indicado pela câmara em um banco para garantir o pagamento de eventuais débitos nas liquidações financeiras do mercado de curto prazo.

Pela nova regra, as empresas deverão contratar limites operacionais mínimos em até dois bancos habilitados.

"Será como um cheque especial. Isso irá trazer mais segurança financeira e reduzir o nível de inadimplência do setor", afirma Luiz Eduardo Barata Ferreira, presidente do conselho da entidade.

Em 2014, foram liquidados R$ 37,2 bilhões. A inadimplência foi de R$ 200 milhões.

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Negociação... O e-mail é a forma preferida de abordagem dos devedores ao renegociar uma dívida, com 61,6% dos consultados pelo Igeoc.

...por e-mail Em seguida, aparecem os contatos por celular e carta, com 19,1% e 11,2%, segundo o instituto que reúne empresas de cobrança.

Papéis... O estoque de instrumentos financeiros de captação bancária atingiu R$ 1,1 trilhão em fevereiro, 5% a mais que o registrado no mesmo período de 2014, segundo a Cetip (depositária de títulos).

...captados Todos os produtos tiveram alta, com exceção do CDB (Certificados de Depósitos Bancários), que reduziu 13%, e do DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial), que retraiu 19%.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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