Folha de S. Paulo


Com R$ 900 mi, grupo terá mais quatro shopping centers

A Saga Malls, empresa de shopping centers com sede em Goiânia, planeja a construção de quatro empreendimentos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste.

O pacote terá um aporte total de R$ 900 milhões, entre recursos próprios, de investidores e financiamentos.

Com previsão de entrega em 2017 e 2018, três dos centros de compras ficarão em Goiás, Tocantins e Distrito Federal. O quarto será no Sudeste, mas o Estado ainda não foi definido pelo grupo.

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"Decidimos que vamos entrar na região Sudeste, mas ainda estamos avaliando opções. Cidades com mais de 200 mil habitantes e ainda não servidas por shoppings são a nossa prioridade", diz o diretor, Cláudio Vaz.

Sobre o cenário atual de redução do consumo, a avaliação da empresa é que, até a entrega dos empreendimentos, em dois a três anos, a economia terá se estabilizado.

"A gente sabe que 2015 e 2016 serão anos difíceis, de ajustes, mas optamos por manter a programação e não abortar nenhum dos projetos", afirma o executivo.

"O máximo que poderá ocorrer é tornar a velocidade [de implantação dos shoppings] um pouco menor."

Hoje com cinco centros de compras em operação, a Saga Malls tem ainda outros quatro em construção, todos no Centro-Oeste. Essas unidades já em obras serão entregues até 2016.

A empresa faz parte do grupo Saga, que é dono de uma rede de 82 concessionárias de veículos no país.

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Pessimismo com o Brasil

"Não estou otimista em relação ao Brasil", foi logo dizendo Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault-Nissan, à coluna, na Suíça.

As vendas de carros no país ficarão estáveis ou cairão, segundo Ghosn. "O mais provável é que caiam, mas tudo vai depender das decisões do governo."

O executivo afirmou que o crescimento em mercados emergentes, "ou pelo menos em alguns deles", não será linear, previsível.

"Temos, porém, uma visão de longo prazo. De tempos em tempos, há correções, como as que estamos vendo na Rússia e no Brasil."

Para Ghosn, o mau desempenho nesses países será compensado pelos resultados de outras localidades.

"Vimos essas correções na Índia no ano passado, mas o país começou a retomar a expansão no fim de 2014 e estamos muito otimistas para 2015", disse Ghosn, que considera sustentável o crescimento nos EUA.

Ainda que a expansão chinesa tenha se refreado, o executivo avalia como positivas as perspectivas para o país. "A previsão de 7% de alta do PIB não é tão ruim."

De modo geral, os fundamentos de China, Rússia, Brasil e Índia ainda são muito bons, afirmou.

"São países muito populosos, em que o nível de motorização ainda é baixo se comparado à média europeia, de 500 carros para mil habitantes. Na Rússia, são 300, no Brasil, 200, na China, um pouco acima de 100 e, na Índia, 25. Há muito crescimento por vir."

Para ele, a queda do preço do petróleo não afetará as vendas de carros elétricos. "O preço não é previsível, mas é previsível que, sem os elétricos, será difícil respeitar a regulação de emissões."

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Folia tributada

Os produtos mais consumidos no Carnaval têm tributos embutidos que chegam a quase 80% do seu valor, segundo levantamento feito pela consultoria BDO.

No topo da lista estão bebidas, como cervejas e refrigerantes, cujas fatias de impostos são de 78,15% e 65,15%, respectivamente.

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O cálculo levou em conta apenas os tributos considerados indiretos, que incidem sobre o consumo, como ICMS, IPI e PIS/Cofins.

"Não inclui os que são cobrados diretamente dos empresários, como é o caso do Imposto de Renda", afirma Valmir Oliveira, da BDO.

Produtos tradicionalmente utilizados pelos foliões durante as festas, como confetes e serpentinas, tem 54,25% de tributos em seu preço.

Ao utilizar um serviço de van para o sambódromo, por exemplo, o consumidor pagará 8,65% em impostos. "São 3,65% de PIS/Cofins e mais 5% de ISS", diz.

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Disputa por atenção

A presença de smartphones nos países que integram os Brics atingiu 44% da população em 2014, sete pontos percentuais a mais que no ano anterior, segundo estudo da Bain & Company.

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A penetração de tablets dobrou no período e alcançou 18%, de acordo com a consultoria. Entre os países desenvolvidos, a parcela de consumidores com acesso às ferramentas no ano foi de 70% e 47%, respectivamente.

O consumo de músicas, vídeos, jogos e livros em plataformas digitais também é superior nos países desenvolvidos pesquisados (França, Alemanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos).

"No Brasil, por exemplo, alguns fatores que influenciam esse desempenho são os serviços de telefonia, que ficam aquém do esperado pelos consumidores, e a pouca variedade de produtos traduzidos para o português", afirma Frederic Declercq, sócio da Bain & Company.

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Dor de cabeça britânica

A economia caiu mais uma posição no ranking das principais preocupações dos britânicos e ficou em terceiro lugar em janeiro.

Pesquisa da Ipsos mostra que o sistema de saúde foi apontado por 45% da população como o maior problema a ser enfrentado hoje, pulando da terceira para a primeira posição na lista.

Em seguida, apareceu a imigração, com 34%. A economia, que desde 2011 vem caindo no ranking, foi citada por 33% dos ouvidos. Foram entrevistadas 966 pessoas.

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Exportação... A Fanem, brasileira fabricante de produtos de neonatologia e de laboratórios, venceu uma concorrência de R$ 22 milhões do Ministério da Saúde da Etiópia.

...para a África A empresa enviará ao país 2.625 equipamentos. Hoje, as exportações são responsáveis por cerca de 40% do faturamento da companhia.

Título... O volume de instrumentos financeiros do setor imobiliário atingiu R$ 305,6 bilhões em janeiro, segundo a Cetip (depositária de títulos privados de renda fixa).

...imobiliário O montante é 42% maior que o de janeiro de 2014 e soma Letras de Crédito Imobiliário, Certificados de Recebíveis Imobiliários e Cédulas de Crédito Imobiliário.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


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