Folha de S. Paulo


Dono de rede de farmácias diz que não acredita em crise e investirá R$ 150 mi

Mesmo diante da desaceleração do PIB, a rede de farmácias Pague Menos investirá cerca de R$ 150 milhões em 2015. O aporte será destinado a novas lojas e à reforma de unidades antigas.

A empresa projeta a abertura de 90 pontos –número próximo ao das inaugurações realizadas neste ano. Hoje, são 738 farmácias em operação em todo o Brasil.

"Não acreditamos em crise. Vamos manter o ritmo e nos preparar para o crescimento do país", afirma o presidente da companhia, Deusmar Queirós.

Filipe Redondo - 20.mai.2010/Folhapress
Deusmar Queirós, presidente da rede de farmácias
Deusmar Queirós, presidente da rede de farmácias

A rede deverá encerrar 2014 com um faturamento de R$ 4,4 bilhões, o que significará uma alta de 18% na comparação com o ano passado. O empresário projeta repetir a expansão em 2015.

"Os sindicatos dos trabalhadores do país, de várias categorias, têm conseguido reajustes salariais ao redor de 7%. Isso significa que a população continuará com poder de compra", acrescenta.

"O desemprego poderá aumentar um pouco no próximo ano. Mas um incremento de um ou dois pontos percentuais não chega a prejudicar."

Queirós pretendia realizar o IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) da rede entre 2015 e 2016. Ele afirma, porém, que o momento é difícil para o projeto.

"Vai depender do humor do mercado. Hoje, o mundo não está muito interessado em investir no Brasil."

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Locação de escritórios de alto padrão cresce no 3º trimestre

O mercado de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo fechou o terceiro trimestre com uma absorção líquida (diferença entre áreas alugadas e devolvidas) de 65 mil m², o maior volume deste ano, segundo a Colliers.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

Nos dois primeiros trimestres de 2014, o saldo de locações foi de 29 mil m² e 3.000 m², respectivamente.

Uma das causas para a alta foi o represamento nas operações do primeiro semestre, de acordo com a consultoria. "Muitos negócios que foram iniciados nos primeiros meses deste ano tiveram desfecho só no terceiro trimestre", diz Paula Casarini, vice-presidente da Colliers.

Com o aumento no número de edifícios de padrão mais elevado na cidade de São Paulo, o preço médio do aluguel caiu nos últimos meses.

No início de 2013, o valor do metro quadrado das salas de luxo era 55% superior ao das localizadas em prédios de perfil B (médio padrão). Em setembro deste ano, a diferença caiu para 31%.

Isso favoreceu a migração de empresas que estavam em edifícios antigos e menos eficientes para áreas modernas.

O movimento, por outro lado, causou alta na vacância em prédios de médio padrão, que chegou a 10,8%. "Historicamente, a disponibilidade sempre foi menor que 5%."

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O que eu estou lendo: Hercilio da Luz Filho, presidente da Fundação Pró-Rim

Vencedor na categoria Escolha do Leitor do Prêmio Empreendedor Social (parceria entre esta Folha e a Fundação Schwab), Hercilio da Luz Filho, presidente da Fundação Pró-Rim, adora biografias.

Acaba de ler "O Improvável Presidente do Brasil", de Fernando Henrique Cardoso. "Conta um pouco da sua vida pessoal e política, especialmente sobre o plano Real e o seu período na Presidência", diz.

O nefrologista concluiu também "Anestesista - Memórias", de Ruy Vaz Gomide do Amaral, ex-chefe do Departamento de Anestesia do HC da USP.

"Pioneiro em várias técnicas de anestesia, ele relata a história da Faculdade de Medicina da USP e dos primeiros transplantes de que participou, inclusive o primeiro de coração feito no Brasil pela equipe do Professor Zerbini."

Luz Filho começa a ler "O Estado Empreendedor", de Mariana Mazzucto. Para a autora, apenas o empreendedorismo privado não garante a inovação.

O subtítulo "Desmascarando o mito do setor público versus o setor privado" chamou a atenção do fundador da entidade de Joinville (SC).

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Editoria de arte/Folhapress

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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