Folha de S. Paulo


Cai ritmo de crescimento de planos de saúde

O ritmo de crescimento do número de beneficiários de planos de saúde diminuiu neste ano no país.

Dados do Iess (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) apontam que a expansão foi de 2,8% nos últimos 12 meses encerrados em setembro. Nos 12 meses anteriores, o incremento havia sido de 3,8%.

O resultado é consequência do fraco desempenho econômico do país, de acordo com a entidade.

A Yasuda Marítima Seguros, por exemplo, não deverá registrar alta neste ano. Em 2013, houve um avanço de cerca de 6%.

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"Um dos fatores que pode estar impactando os negócios é a estabilização do nível de emprego. Isso influi principalmente na venda de planos empresariais", afirma o diretor da seguradora, Eduardo Monteiro.

Nesse segmento de planos coletivos para companhias, o freio foi mais brusco, com a expansão passando de 6,4% para 3,8%. Os planos individuais, por sua vez, caíram de 1,2% para 1%.

"Outro motivo para a desaceleração pode ser o aumento dos custos médicos, que vem sendo maior que a inflação e que costuma ser repassado para os beneficiários", acrescenta Monteiro.

O setor, no entanto, espera que haja uma recuperação em 2015.

"A expectativa é que, se o crescimento econômico do país melhorar no próximo ano, o mercado de planos de saúde também poderá voltar a crescer mais", afirma o superintendente-executivo do Iess, Luiz Augusto Carneiro.

"O setor ainda tem bastante espaço para se expandir no Brasil", diz.

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Plantão médico

A Johnson & Johnson Medical, de equipamentos cirúrgicos, estuda abrir mais um centro de treinamento no Brasil e entrar em outros países da América Latina.

Argentina, México e Colômbia são os mais cotados para receber as instalações.

"Especialmente México, que é um grande mercado e tem problemas de capacitação maiores que os nossos", afirma Marcio Codeço Coelho, presidente da companhia no Brasil.

A região Centro-Oeste está em fase de negociações avançadas para receber a terceira instalação brasileira.

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Marcio Codeço Coelho, presidente da companhia no Brasil
Marcio Codeço Coelho, presidente da companhia no Brasil

"Temos conversas com algumas universidades, principalmente em Goiás."

Hoje, são dois centros de treinamento, um em São Paulo e outro em Recife, inaugurado no mês passado.

"Tentaremos suprir a demanda do Norte com a atuação em Pernambuco, pois a baixa densidade populacional atrapalha os investimentos no local", diz Coelho.

Os cursos são gratuitos e voltados para médicos interessados em usar os equipamentos cirúrgicos da marca.

"A expansão no número de centros de capacitação contribui também para a venda de produtos nas novas localidades atendidas."

Neste ano, os negócios da Johnson & Johnson Medical Brasil cresceram 60% nas regiões Norte, Nordeste e Sul, em comparação com 2013, segundo o executivo.

15% é o percentual de estrangeiros que fazem cursos no Brasil

25 são as especialidades médicas atendidas pelas duas unidades

30% é a parcela de recém-formados que se candidatam aos cursos

12 mil é o número de médicos treinados na unidade paulistana

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Após 12 baixas, expectativa de contratação volta a subir

A expectativa de contratação de funcionários no Brasil voltou a crescer depois de 12 trimestres de queda, mostra pesquisa do grupo de recrutamento Manpower.

O índice de expectativa (parcela dos empregadores que pretendem contratar menos os que devem demitir) para o primeiro trimestre de 2015 ficou em 8%, com os dados ajustados, permitindo a variação sazonal.

O número é um ponto percentual maior que o registrado para o último trimestre deste ano.

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"É cedo para dizer se haverá uma estabilidade, mas ainda estamos em um patamar positivo, com mais empresas pensando em contratar do que dispensar trabalhadores", diz Márcia Almström, diretora do Manpower.

Pela primeira vez desde que a pesquisa começou a ser feita no país, em 2009, segmentos registraram resultados negativos –indústria (-4%) e construção (-1%). O setor de serviços, porém, deverá compensar (+22%).

No ranking dos 42 países analisados, o Brasil ficou na 20ª posição entre os que mais pretendem contratar. Ao todo, 65 mil empregadores foram entrevistados.

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Empresas de elevadores terão queda em 2014, diz entidade

A indústria de elevadores fechará 2014 com um recuo de cerca de 20% nas vendas, segundo o Seciesp (sindicato que representa o setor).

A baixa ocorrerá após quatro anos de crescimentos consecutivos, período em que o segmento praticamente dobrou de tamanho.

"Apesar da queda, 2014 não foi um ano ruim, o setor teve um bom volume de negócios. Em 2013, nós registramos um recorde de vendas, o que gerou uma base de comparação muito alta", afirma o presidente da entidade, Jomar Cardoso.

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Neste ano, o segmento imobiliário continuou atrativo para as empresas de elevadores, por causa da conclusão de obras lançadas em períodos anteriores.

"Agora, há uma preocupação com os próximos anos. Com certeza, nós iremos sentir os reflexos da desaceleração dos lançamentos imobiliários", diz Cardoso, que também é presidente e fundador da fabricante Villarta.

Sem competitividade no mercado externo, as empresas nacionais têm se voltado mais para atividades de manutenção e conservação de elevadores, ainda de acordo com o empresário.

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Vinho... A Azul fechou uma parceria com a Wine.com.br para a carta de vinhos dos voos internacionais da empresa aérea, que partem do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), com destino aos Estados Unidos.

...no voo A companhia aérea estima que aproximadamente 40 garrafas de vinho sejam consumidas durante cada voo, o que equivale a cerca de 30 litros da bebida. O valor do negócio entre as duas empresas não foi informado.

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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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