Folha de S. Paulo


Setor de bebidas investirá R$ 32 bilhões até 2018

O setor de bebidas deverá investir R$ 32 bilhões entre 2015 e 2018, segundo um estudo do BNDES, com base nas perspectivas de investimentos já sinalizadas ao banco.

O forte crescimento que o setor registrou, com pico em 2010, não deverá se repetir a curto prazo, mas a indústria ainda tem espaço para expansão e deverá fazer investimentos anuais de em média R$ 8 bilhões no
próximo quadriênio, diz o economista Job Rodrigues, autor do estudo.

O crescimento acumulado da produção de bebidas no Brasil chegou a 50% entre 2004-2013, com taxa média de expansão de 4,2% ao ano. No mesmo período, o PIB cresceu a uma taxa média real de 3,7% ao ano.

"O segmento responde conforme o aumento da renda da população", afirma.

"O movimento de expansão que ocorreu não deverá se repetir. O desafio é manter e consolidar o investimento."

Editoria de Arte/Folhapress

Com relação aos financiamentos dados pelo BNDES ao setor, houve crescimento até 2011. Desde então, o crédito vêm caindo e em 2013 ficou no patamar de R$ 800 milhões, boa parte destinados a grandes empresas.

"Os desembolsos refletem o setor, que é muito concentrado", afirma.

O Brasil é o terceiro maior produtor e consumidor de cervejas e refrigerantes do mundo. O setor representa cerca de 4% da indústria de transformação brasileira e emprega 144 mil pessoas (mais 110 mil no comércio atacadista de bebidas).

O estudo será divulgado na quarta-feira (3) e faz parte dos "Panoramas Setoriais" que serão lançados em um seminário do banco.

*

Leitos no litoral

A rede mundial de hotéis Marriott iniciará pela primeira vez suas operações na região Sul do país.

Em Santa Catarina, o grupo administrará por 20 anos dois empreendimentos que serão erguidos em Florianópolis e em São José (região metropolitana da capital).

As obras começarão no primeiro semestre de 2015 e serão feitas pela incorporadora Koerich. A empresa não revelou o valor do investimento previsto para erguer as duas torres.

"A região é turística, desenvolvida e tem um milhão de habitantes, além de um grande centro de convenções", afirma Guilherme Cesari, vice-presidente da companhia no Brasil.

Juntos, os dois hotéis terão 370 apartamentos, com área entre 20 m² e 25 m² cada um deles.

"O hotel em São José fará parte de um complexo que terá um shopping e mais duas torres residenciais", adianta o executivo.

A Marriott administra quatro hotéis no país. No mundo, são 4.000.

*

Café de além-mar

O Brasil ultrapassou a França e hoje é o segundo mercado de vendas on-line de cápsulas de café da multinacional Delta Cafés. A comercialização no país perde apenas para Portugal, onde está a matriz da marca.

"Em um país continental como o Brasil, o e-commerce ganha importância, pois nos permite chegar a zonas que não cobrimos de outras maneiras", diz o executivo João Morais e Castro, que dirige a operação brasileira.

Desde 2012, quando entrou no Brasil, a Delta vendeu cerca de 50 mil máquinas de café em cápsula. "É um número significativo para o curto período, mas ainda temos muito a crescer."

Em Portugal, onde a empresa está consolidada, são mais de 500 mil equipamentos já comercializados.

No segmento de lojas físicas, o grupo fechou parcerias com redes varejistas para a venda de máquinas e cápsulas. Também iniciou o fornecimento a hotéis e restaurantes em São Paulo.

R$ 1 bilhão é o faturamento global do grupo

3.000 são os funcionários da empresa

20 mil é o total de toneladas de café processadas por ano pela marca

35 é o número de países para os quais a companhia exporta

*

Motores fracos

O consumo de energia no mercado livre (que envolve grandes consumidores, como shoppings e fábricas) diminuiu 3,6% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2013.

A retração foi puxada pelo setor siderúrgico, que teve queda de 19,04%, de acordo com a comercializadora de energia Comerc.

Editoria de Arte/Folhapress

Os segmentos de embalagem, higiene e limpeza, eletromecânica e materiais de construção civil foram os únicos (de um total de 11) que registraram alta no consumo, com 4,31%, 1,24%, 0,2% e 0,05%, respectivamente.

Em setembro, a demanda média havia avançado 0,85%, após registrar seis quedas consecutivas.

*

Fundo para Aids

O Ministério da Saúde lança o Fundo PositHiVo nesta segunda-feira (1º). O fundo vai captar e gerir recursos para ONGs dedicadas a DST/HIV e hepatites virais.

"O ministério fomentou os primeiros passos e destinou R$ 200 mil. A entidade será privada. Já há empresas interessadas em alocar quase R$ 1 milhão e nem começaram a captar", diz Fábio Mesquita, diretor do setor DST/AIDS da pasta.

Lederly

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


Endereço da página: