Folha de S. Paulo


Foton planeja produzir vans na planta brasileira

A Foton, fabricante chinesa de caminhões que constrói uma planta em Guaíba (RS), deverá incluir em seu projeto a produção de vans e utilitários esportivos no Brasil.

O presidente internacional da companhia, Wang Xiangyin, esteve em Porto Alegre no início desta semana e comunicou seu interesse pelo segmento para o sócio e presidente da Foton Aumark do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros.

"Os chineses vieram ao país há mais de três anos sem conhecer muito o mercado. Agora estão ganhando confiança na parceria", diz Barros, que também é colunista da Folha, foi ministro das Comunicações e presidente do BNDES no governo FHC.

Karime Xavier- 27.set.13/Folhapress
Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da empresa no Brasil
Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da empresa no Brasil

A intenção é começar com a importação desses veículos, mas já se comprometendo a produzir localmente. "O projeto deverá ser concluído em seis meses. Em seguida, vamos submetê-lo ao Ministério do Desenvolvimento."

Ainda não há um orçamento para incluir essa nova linha de produção na unidade brasileira. A planta começará a operar em 2016 com capacidade para 2.500 caminhões por ano. No futuro, deverão ser 20 mil.

Barros afirma que a queda na venda de veículos no país não altera os planos da empresa: "Nosso segmento [de caminhões leves e semileves] vai crescer porque muitas cidades estão proibindo a circulação de veículos pesados pelo centro."

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Sobre a possível entrada do governo gaúcho como sócio da companhia, o economista afirma que a negociação deverá ficar para a segunda fase de implantação da fábrica.

"O primeiro momento envolve R$ 110 milhões. Parte do capital é de financiamento do Banrisul e o restante é próprio", afirma.

A segunda etapa será desenvolvida após 2016 e demandará outros R$ 140 milhões, segundo Barros.

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Falta plano de longo prazo para a cadeia de gás natural, diz FGV

A ausência de uma estratégia de longo prazo para o gás natural no país é um dos entraves para o setor, segundo um estudo da FGV Energia.

Levantamento feito pela entidade com especialistas e profissionais da cadeia de gás aponta que o planejamento do produto hoje é feito apenas em decorrência das necessidades dos setores de petróleo e de energia elétrica.

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"Como a maior parte do gás natural que é produzido hoje no Brasil é associada ao petróleo, o planejamento está muito atrelado a ele", afirma Lavinia Hollanda, coordenadora de pesquisa da FGV Energia.

A demanda de gás, por sua vez, tem uma estratégia ligada sobretudo às necessidades de despacho das usinas termelétricas para geração de energia, principalmente em períodos de redução hídrica.

"É claro que os setores estão interligados e precisam ser planejados em conjunto, mas isso não significa que as definições para o gás tenham de ocorrer apenas em função de outras áreas", diz.

O estudo será apresentado nesta quinta-feira (27) em um encontro no Rio entre profissionais do setor e representantes do governo federal.

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Dinheiro em campo

Os programas de sócio-torcedor deverão gerar um incremento de 10% na receita em metade de 24 times das Séries A e B do Brasileirão de Futebol neste ano.

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Esta é a percepção de executivos responsáveis pela gestão de clubes em um estudo elaborado pela EY (antiga Ernst & Young).

Em 2013, apenas os programas do Atlético Mineiro (7,16%) e do Guarani (7,75%) registraram uma participação menor do que 10% na receita, segundo o levantamento.

"O planejamento dos clubes tem sido sempre imediatista e dependente de resultados nas partidas", analisa Marcos Nicolas, diretor de mercados estratégicos da EY.

Os programas oferecem uma série de vantagens ao torcedor, como entrada exclusiva em estádios. A mensalidade para o pacote de serviços pode chegar a R$ 200.

Até 2016, a maior parte dos times pesquisados projeta crescer entre 40% e 60% no número de sócios –em 2013, eram 655 mil, diz o estudo.

A maioria (60%) dos membros tem de 26 a 49 anos.

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Redução de energia

Cerca de 80 mil pequenas e médias empresas da Alemanha têm uma necessidade imediata de serviços de eficiência energética, segundo pesquisa feita pela GfK.

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A adoção de medidas de eficiência é importante, de acordo com o relatório, porque os países membros da União Europeia têm até 2020 para reduzir, a cada ano, uma média de 1,5% no consumo de eletricidade.

Quatro em cada dez empresas ouvidas pela consultoria disseram considerar relevante o controle energético dentro das companhias.

A metade delas, no entanto, afirma que ainda não implementou ações práticas sobre o assunto.

Foram entrevistados para o levantamento aproximadamente mil executivos ou empresários de grupos de médio e pequeno portes.

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Mundial... O embaixador da Itália no Brasil, Raffaele Trombetta, faz palestra nesta quinta-feira (27) na Fiemg (federação da indústria mineira).

...na Itália O objetivo é apresentar oportunidades de investimentos e parcerias a empresas na Expo Milão 2015, que começa em maio.

Nova... A Robtec, de equipamentos para impressão 3D, com sede em Diadema (SP), foi comprada pela norte-americana 3D Systems.

...impressão O valor do negócio não foi informado. A multinacional faturou US$ 513 milhões em 2013. O grupo local tem 120 funcionários.

Lézio Junior

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


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