Folha de S. Paulo


Construção tem alta no emprego, diz sindicato

Ao contrário da queda apontada pelo IBGE de 3,5% no número de pessoas empregadas pela construção civil brasileira, dados do Sinduscon-SP (sindicato do setor do Estado de São Paulo) levantados pela FGV apontam para uma alta em setembro.

O levantamento da entidade, feito com base nos registros de demissões e contratações enviados pelas empresas ao Ministério do Trabalho, indica um avanço de 0,28% entre agosto e setembro.

A pesquisa do IBGE utiliza dados de apenas seis regiões metropolitanas do país, mas também considera trabalhadores informais Ðque não são levados em conta pela FGV.

Editoria de arte/Folhapress

ªMesmo assim, o cenário é ruim. No primeiro semestre, houve retração de cerca de 45% nos lançamentos de imóveis e de 25% nas vendasº, diz o presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

ªPor enquanto, há uma estabilidade por causa das obras em andamento, mas poderá haver uma queda grande no nível de emprego conforme elas forem finalizadasº, acrescenta.

ªOs indicadores apontam para uma diminuição no consumo de cimento e um aumento no de material cerâmico, o que significa que a maior parte das construções está em fase de conclusão.º

O executivo, porém, afirma que demissões podem ser evitadas no próximo ano dependendo das medidas adotadas pelo governo.

ªA queda vai ser no segmento imobiliário. O governo poderá dar algum impulso na área de infraestrutura que acabe não reduzindo o nível geral de emprego na construçãoº, afirma.
Na comparação com setembro de 2013, o número de trabalhadores do setor diminuiu 1,22%. No acumulado do ano, a alta é de 0,41%.

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Grupo aportará R$ 200 milhões em construções na cidade do Rio

A construtora e incorporadora carioca Rubi Engenharia vai investir R$ 200 milhões em dez empreendimentos com lançamentos até 2016.

Para este ano, estão previstos um edifício comercial no Méier e um residencial no bairro da Tijuca, ambos na zona norte do Rio -os primeiros da empresa na região.

"Enxergamos um potencial na localidade, mas ainda são necessárias mais obras de infraestrutura para ela se tornar um dos focos de nossa atuação", afirma Ana Carolina Alvim, diretora-executiva da companhia.

A região oeste, onde os imóveis da empresa estão concentrados, receberá outros oito projetos, sendo sete condomínios de apartamentos e uma torre de escritórios.

"Hoje, apenas 20% do nosso portfólio e dos lançamentos futuros são para uso comercial. Essa parcela já foi de 50% entre os anos de 2009 e 2010, mas houve uma saturação de novos empreendimentos, o que aumentou a taxa de vacância", diz.

"Acredito que eles retomem o ritmo em 2016."

R$ 250 milhões
foi o faturamento da empresa
no ano passado

1.600
são as unidades imobiliárias
já entregues na cidade

400
é o número de empregos diretos gerados pela companhia

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Avanço em agosto

As aplicações em previdência complementar aberta, que estiveram em queda até o primeiro trimestre deste ano, cresceram 41% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O volume de novos recursos somou R$ 6,2 bilhões contra R$ 4,4 bilhões de agosto de 2013. No acumulado deste ano, houve uma leve alta de 5,63%.

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"O crescimento da captação deverá ficar em 10% em 2014. Por pequeno que seja o crescimento de agosto a dezembro deste ano, será muito melhor que o resultado do mesmo período de 2013, que foi muito ruim", diz Osvaldo Nascimento, da FenaPrevi.

A diferença entre a arrecadação e os resgates ficou em R$ 3,062 bilhões no mês.

O mercado de seguro de pessoas (como o de vida e acidentes pessoais), por sua vez, acumulou de janeiro a agosto R$ 17,4 bilhões em prêmios (valor pago por segurados) -uma ligeira expansão de 2,33% em relação ao mesmo período de 2013.

O seguro viagem foi o que mais cresceu, 34,4%, seguido pelo auxílio funeral com aumento de 21,06%.

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Mais musculatura

O grupo Bodytech Company, de rede de academias, investe neste ano R$ 170 milhões em uma expansão com 40 novas unidades -cerca de metade está em obras e o restante, em fase de aprovação de projetos.

"Apesar do crescimento em novas academias, 2014 é um ano em que estamos brigando para não perder nas lojas em funcionamento. Se empatarmos, já estaremos felizes porque a Copa prejudicou muito os nossos negócios, como outros setores", diz Alexandre Accioly, sócio do grupo.

Leo Pinheiro - 30.set.2013/Valor/Folhapress
Alexandre Accioly, sócio do Bodytech
Alexandre Accioly, sócio do Bodytech

O plano é abrir, em 2015, 7 unidades Bodytech (academia para a família, com várias modalidades, para todas as idades e um investimento médio de R$ 10 milhões em cada uma), além de 28 lojas Formula (mais compactas, voltadas para o público adulto, e que recebe aporte aproximado de R$ 3 milhões cada uma).

No ano que vem, os investimentos deverão recuar para R$ 100 milhões, segundo o empresário.

"E voltarão a aumentar em 2016, quando aplicaremos R$ 150 milhões", completa Accioly.

NÚMEROS

R$ 440 milhões
é o faturamento esperado para este ano

78
são as academias (46 Bodytech e 32 unidades Fórmula, em 12 Estados)

135 mil
é o número de alunos

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Novas práticas

Após completar um ano de uma nova oferta pública de ações na BM&FBovespa e de ingressar no Novo Mercado (de ações de empresas com práticas de governança adicionais às exigidas pela lei), a Tupy viu seus números mudarem de patamar.

O volume médio diário de negociações do papel da companhia aumentou mais de 1.300%, ao passar de cerca de R$ 245 mil para aproximadamente R$ 3,5 milhões.

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Analistas de doze instituições passaram a cobrir as ações da fabricante de blocos e cabeçotes de ferro para motores de veículos.

Listada na Bolsa desde 1966, a Tupy tinha uma base pequena de investidores e pouca liquidez.

"Com esse 're-IPO', reforçamos o balanço da companhia, depois da aquisição de ativos no México. A empresa precisava se recapitalizar e voltar a ter um balanço robusto", diz o vice-presidente Leonardo Gadelha.

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Na memória do consumidor

O prêmio Folha Top of Mind anuncia nesta segunda (27) as marcas que estão na cabeça e na ponta da língua dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha.

Ao todo, são 50 categorias, sendo quatro delas inéditas (absorvente feminino, empréstimo pessoal, entrega de encomendas e tablet).

O resultado foi obtido após a realização de entrevistas com 5.994 consumidores.

Considerada a principal premiação de lembrança de marca do país, a festa, exclusiva para convidados, será realizada no HSBC Brasil (zona sul de São Paulo).

A edição da revista Folha Top of Mind 2014, com o resultado completo da pesquisa, que comemora 24 anos, circula gratuitamente com a edição da Folha nesta terça-feira (28).


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