Folha de S. Paulo


Fabricante de máquinas terá retração de 30%

Após crescer quase 70% no ano passado, a fabricante de máquinas e implementos agrícolas Stara, com sede no Rio Grande do Sul, recuará até 30% em 2014.

O faturamento da companhia, que chegou a R$ 1 bilhão em 2013, deverá cair para algo entre R$ 730 milhões e R$ 750 milhões.

A produção, por sua vez, poderá passar das 20 mil unidades para 14 mil ou 15 mil, segundo o presidente da empresa, Gilson Trennepohl.

"Não foi apenas um fator que desencadeou esse resultado. Foram vários: instabilidade econômica, Copa e eleições, entre outros motivos."

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A retração da Stara deverá ser mais acentuada do que a de outros grupos do setor.

A previsão do Simers (Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul) é de um retrocesso médio de 18% no faturamento.

"O ano passado foi um ponto fora da curva. Vendemos muito com a safra recorde e os juros baixos, em 2,5%. Muita gente antecipou as compras", diz o presidente da entidade, Claudio Bier.

"É claro que a insegurança econômica do país também influencia o setor, mas esse não é o principal fator."

Em 2013, as companhias ligadas ao sindicato registraram um crescimento de 20%. A Stara, no entanto, avançou de forma mais acentuada.

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Gilson Trennepohl, presidente da empresa
Gilson Trennepohl, presidente da empresa

Apesar da queda na produção neste ano, a companhia não demitiu funcionários, de acordo com Trennepohl.

O projeto de inauguração de mais uma planta também permanecerá. A unidade, com capacidade para fabricar 5.000 implementos por ano, entrará em operação em fevereiro. "Mas começaremos lentamente com ela."

Outros planos, porém, como aquisições de companhias no exterior, devem atrasar em pelo menos 10 meses.

"O radar continua ligado. É tudo questão de tempo."

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Esportistas e competitivas

Executivas que praticam ou praticaram esportes são mais competitivas e têm mais facilidade para tomar decisões, segundo levantamento global da consultoria EY (antiga Ernst & Young).

Nove em cada dez diretoras de alto nível e gerentes entrevistadas afirmaram praticar algum esporte atualmente e 74% acreditam que o envolvimento com a atividade pode ajudar no espírito de liderança e no potencial de carreira de uma mulher.

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A parcela de altas executivas que disseram não ter praticado esportes na faculdade é de 3%. Entre as gerentes, o percentual sobre para 9%.

Em uma seleção de emprego, as CEOs, CFOs e COOs esportistas são também mais propensas (75%) a contratar profissionais que praticam atividades físicas do que a média verificada em outros tomadores de decisões (58%).

A maioria das profissionais recorrem ao esporte para relaxar, embora 37% digam que a prática ajuda a se concentrar no trabalho.

A natação e a corrida são as principais atividades praticadas pelas mulheres, segundo o estudo.

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Desequilíbrio de renda

Quase sete em cada dez brasileiros ouvidos para uma pesquisa do Pew Research Center disseram que a desigualdade entre ricos e pobres é um grande problema.

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O percentual do Brasil (68%) ficou acima da média global de 60% obtida em 44 nações avaliadas, mas atrás de outros países emergentes, como Líbano (84%), Paquistão (76%), Argentina (72%) e Índia (70%).

No Brasil, a maioria dos consultados (44%) apontou o salário pago aos trabalhadores como a principal razão para a desigualdade.

Em seguida apareceram as políticas econômicas do governo (21%) e o sistema educacional (19%).

Entre os países desenvolvidos, a maior parcela de moradores preocupados com a desigualdade foi registrada em Grécia, Espanha e Itália, com 84%, 74% e 73% dos ouvidos, respectivamente.

No Japão, por outro lado, o percentual foi de 28%, segundo a pesquisa. Foram entrevistadas 48.643 pessoas nas 44 nações, das quais 1.003 no Brasil.

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Recuo alemão

A expectativa do consumidor alemão com a economia do país caiu em setembro, pelo segundo mês consecutivo, segundo a consultoria GfK.

O indicador recuou seis pontos e chegou a 4,4, em uma escala que vai de -100 a 100 (quanto mais alto, melhor o humor).

Apesar da baixa, ela foi menos intensa do que a de agosto, quando o índice havia caído 35 pontos. A queda é reflexo de sinais de desaceleração da economia alemã, segundo o relatório da empresa.

Outros dois indicadores medidos no estudo –a expectativa com a renda e a disposição para comprar– também recuaram em setembro na comparação com agosto.

Foram entrevistados para o levantamento cerca de 2.000 consumidores.

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Compras... A rede de supermercados Opa investirá R$ 12 milhões para se expandir em Minas Gerais. O aporte será em três novas lojas em Juiz de Fora, Cataguases e Ubá. Um centro de distribuição também está sendo ampliado.

...mineiras A companhia possui hoje 16 unidades em operação no interior de Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No ano passado, o faturamento ficou em R$ 290 milhões. Para 2014, a previsão é de cerca de R$ 325 milhões.

Máquinas... A Casa do Construtor, rede especializada na locação de equipamentos para construção civil, deverá abrir mais 24 unidades até o fim deste ano. Hoje, são 200 pontos em operação no país.

...para obras No primeiro semestre deste ano, com a inauguração de 20 pontos, a receita do grupo cresceu 36%.

Saúde... A ANS iniciou uma pesquisa em seu canal 0800 para que operadoras de planos de saúde e consumidores façam críticas, elogios e sugestões ao setor.

...em pauta Em junho de 2014, eram 1,8 milhão de pessoas com planos de assistência médica a mais do que em junho do ano passado, uma alta de 3,73%, segundo a agência.

Doce... A Brou'ne, rede especializada em brownies e doces americanos com sede em Campinas (SP), deverá abrir pelo menos sete lojas no primeiro semestre de 2015.

...americano Estados como Bahia, Ceará, São Paulo e Pernambuco deverão receber novas unidades. Hoje, a marca está também em Goiás, Minas, Distrito Federal e Paraná.

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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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