Folha de S. Paulo


Com R$ 1 bi, GJP ampliará sua rede para 48 hotéis até 2018

A rede de hotéis e resorts GJP, do ex-controlador da operadora de turismo CVC, Guilherme Paulus, anuncia hoje seu plano de expansão para os próximos quatro anos.

Editoria de Arte/Folhapress

O projeto demandará um aporte de R$ 1 bilhão de investidores.

Do montante total, R$ 300 milhões (que já haviam sido divulgados no ano passado) serão aplicados até 2016.

A companhia pretende encerrar 2018 com 48 unidades em operação -hoje são 14. Os focos da ampliação serão aeroportos, polos industriais e cidades com praias.

Até agora, a empresa já venceu licitações para instalar hotéis no terminais de Confins (MG), Santos Dumont (RJ) e Vitória. "Assim que a Infraero anunciar novas concessões, vamos participar. No momento, estamos nos preparando para Porto Alegre e Curitiba", afirma Paulus.

No Nordeste, a rede pretende construir novos resorts. Já foram fechados projetos para Aracaju e Maceió. Natal e Fortaleza estão em análise.

No interior do país, deverão ser instalados empreendimentos em cidades que concentram grandes companhias. Nos Estados da região Sul, os contratos de 19 unidades foram assinados (todos três estrelas).

Sobre a possibilidade de a oferta brasileira de apartamentos superar a demanda com o grande número de lançamentos de hotéis no mercado, o empresário afirma não estar preocupado.

"Não vejo esse problema. Além disso, há cidades onde [o parque hoteleiro] não cresceu, como Fortaleza e Natal."

A GJP faturou cerca de R$ 150 milhões no ano passado. Para 2014, a previsão é atingir R$ 180 milhões, o que representará um crescimento de 20%. Ainda não foram feitas projeções para 2018.

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"Não vejo esse problema [de um possível excesso de oferta no setor hoteleiro]"

Guilherme Paulus, presidente da GJP Hotels & Resorts

Karime Xavier - 22.fev.2010/Folhapress
Guilherme Paulus, presidente da rede de hotéis e resorts
Guilherme Paulus, presidente da rede de hotéis e resorts

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Motor 1.0

O mercado de locação de automóveis avançou 4,73% no ano passado, segundo levantamento da Abla (associação brasileira do setor) que será divulgado hoje.

Apesar da expansão, o ritmo de crescimento diminuiu -em 2012, havia ficado em 9,9%.

"Nas cidades onde havia obras de infraestrutura para a Copa, tivemos bom resultados", afirma o proprietário da locadora Rede Brasil e presidente do conselho da entidade, Paulo Nemer.

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"Isso porque construtoras, governo e outras grandes prestadoras de serviços estão entre nossos principais clientes. Mas, no restante do país, a falta de investimento em infraestrutura fez com que houvesse pouca demanda."

Para 2014, a previsão é de crescimento tímido novamente. "Durante o Mundial, haverá alta na procura apenas nas cidades-sedes. Nas outras, ficará tudo parado, pois não haverá turismo de negócios. A campanha política, porém, deverá acelerar a demanda por uns 90 dias."

Karime Xavier/Folhapress
Paulo Nemer, presidente do conselho da associação
Paulo Nemer, presidente do conselho da associação

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Leite gaúcho

A Cooperativa Santa Clara, do Rio Grande do Sul, vai investir R$ 90 milhões na construção de uma nova fábrica de processamento de leite e de dois mercados agropecuários no interior do Estado.

A nova planta, que será instalada em Casca (distante cerca de 230 quilômetros da capital), terá capacidade instalada para produzir 1 milhão de litros de leite por dia –quase o dobro do que é processado hoje pelo grupo.

"A princípio produziremos cerca de 350 mil litros de leite longa vida por dia, mas iremos avaliar a possibilidade de fabricar derivados de leite", afirma Alexandre Guerra, diretor-executivo da cooperativa gaúcha.

Editoria de arte/Folhapress

O aporte para a primeira fase do projeto será de cerca de R$ 80 milhões.

Também serão investidos aproximadamente R$ 10 milhões na abertura de mercados agropecuários nos municípios de Jacutinga (RS) e David Canavarro (RS).

"As lojas atenderão principalmente os associados, mas também estarão abertas para outros moradores."

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Expresso A Santos Brasil bateu em março recorde nas operações ferroviárias do Tecon Santos, com 4.014 contêineres. Em 2013, a média foi de 3.000 por mês.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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