Folha de S. Paulo


Novos genéricos renderão R$ 1 bi em 2014

Dez novos medicamentos de referência devem ter suas patentes vencidas até o final deste ano, aponta levantamento da PróGenéricos (associação das indústrias de medicamentos genéricos).

Esses produtos movimentaram uma receita de cerca de R$ 760 milhões nos últimos 12 meses no varejo farmacêutico brasileiro.

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A lista é a de maior vulto dos últimos cinco anos, segundo a entidade.

Com o vencimento das patentes, a expectativa do setor é de, pelo menos, dobrar o consumo dos remédios --o que representará uma receita de cerca de R$ 1 bilhão e uma expansão de 10% da indústria de genéricos.

Entre as moléculas que podem ganhar versões genéricas estão a tadalafila, presente no fármaco Cialis, do laboratório americano Eli Lily.

O produto, utilizado para o tratamento de disfunção erétil, custa, em média, R$ 326 (a caixa com 28 comprimidos de cinco miligramas), segundo a PróGenéricos. A versão genérica poderá custar até R$ 212,27.

O Cialis respondeu sozinho pelo faturamento de aproximadamente R$ 256 milhões no acumulado de setembro de 2012 a agosto de 2013.

"São produtos com apelo de mercado muito forte, e o setor está preparado para produzi-los", diz Telma Salles, presidente da entidade.

Outra substância de destaque é a duasterida, princípio ativo da Avodart, comercializada pela farmacêutica GlaxoSmithKline --esse poderá ser o primeiro produto genérico para tratar o aumento benigno da próstata.

Zé Carlos Barretta-26.jul.2012/Folhapress
Telma Salles, presidente da entidade
Telma Salles, presidente da entidade

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Setor têxtil deve encerrar 2013 com estagnação, diz consultoria

A indústria têxtil deve fechar 2013 com a produção estagnada. A projeção de crescimento do setor para este ano foi reduzida de 3% para 0% pela consultoria LCA.

Em julho, o segmento avançou 1,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas a alta foi suficiente apenas para compensar a baixa em percentual idêntico que havia sido registrada no mês anterior.

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De janeiro a julho, a produção têxtil acumula recuo de 3,9% em relação aos sete meses iniciais de 2012.

As importações, que cresceram 10,3% no mesmo período, influenciaram de forma negativa o setor.

"Houve uma mudança no câmbio que, a princípio, favorece a produção industrial porque facilita a competição com o importado. Mas essa ajuda não está sendo tão forte quanto a gente havia avaliado", diz Fernando Sampaio, sócio da empresa.

No mercado interno, uma das causas é a demanda reduzida por conta do menor poder de compra da população e da taxa de endividamento das famílias.

Esse cenário deve permanecer até o final deste ano, segundo a consultoria.

A indústria de vestuários também tem índice negativo --o recuo foi de 1,9% no acumulado de janeiro a julho.

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Pacote de obras em terminais tem aporte de R$ 95 mi no DF

O governo do Distrito Federal vai investir cerca de R$ 95 milhões em um conjunto de obras que prevê a construção de novos terminais rodoviários e a reforma de estações já existentes.

O pacote inclui 12 novas estruturas em cidades-satélite como Gama, Santa Maria, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Sobradinho e Riacho Fundo 2.

Também serão reformados terminais nessas e em outras localidades e construídos 70 quilômetros de ciclovias.

Ao menos sete dessas obras já estão com licitações em andamento.

"O objetivo é melhorar a integração do transporte público", diz Genésio Vicente, subsecretário de Captação de Recursos do Distrito Federal.

De início, não há planos para repasse da gestão dos terminais ao setor privado --a administração será feita pelo próprio governo distrital.

Os recursos foram obtidos por meio de empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O governo terá 20 anos para pagar, após cinco de carência.

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Nobres rumos

O destino preferido dos turistas brasileiros de alta renda são os Estados Unidos, indica levantamento da Premium Assistance, empresa do grupo Omint especializada em seguro para viagens de alto padrão.

Dos 10 mil vouchers emitidos entre janeiro e setembro deste ano, 34,3% eram para o país norte-americano.

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Em seguida, vêm França (5,8%), Itália (4,4%) e Espanha (4,2%). Argentina e Chile representam a América do Sul no ranking dos dez países mais visitados. No total, já foram emitidos tíquetes para 83 destinos.

"Uma fatia importante dos nossos clientes que viajam aos Estados Unidos, sobretudo a Miami, vão para comprar enxoval para bebês", diz o diretor-geral da companhia, André Coutinho.

Com essa informação em mãos, a firma passou a oferecer um pacote que não cobra adicional de gestantes.

Outros grupos que devem ser contemplados com planos especiais no futuro são estudantes e atletas que viajam para participar de maratonas, afirma Coutinho.

Criada em 2012, a empresa deve fechar o ano com 15 mil vouchers impressos.

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Pílulas novas

O laboratório Mundipharma, fabricante de medicamentos para dor crônica, acaba de inaugurar um escritório no Brasil.

A empresa pretende lançar, nos próximos cinco anos, 15 novos remédios no mercado brasileiro.

As drogas serão produzidas nas fábricas que a companhia possui na Carolina do Norte (Estados Unidos) e em Cambridge (Inglaterra).

Até 2018, a companhia projeta ter entre 12% e 15% do mercado, diz Raman Singh, diretor da companhia para Ásia, América Latina, Oriente Médio e norte da África.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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