Folha de S. Paulo


Grupo vai construir quatro hotéis em Goiás e Tocantins

O grupo Vivence vai construir quatro hotéis no Centro-Oeste do país com um investimento estimado em cerca de R$ 200 milhões. Serão duas unidades em Goiânia, uma em Anápolis (GO) e outra em Palmas (TO).

A empresa surgiu há quatro anos e hoje tem um hotel de 110 apartamentos na capital goiana.

Com as quatro novas unidades, serão mais 728 quartos distribuídos em dois hotéis de categoria econômica, um superior e um resort.

Os empreendimentos de Anápolis e Palmas terão também 90 salas comerciais em cada um deles.

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"Começamos a expansão com foco no Centro-Oeste, mas temos planos futuros para Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais", afirma Vanessa Pires Morales, diretora operacional da empresa.

"No Rio, já compramos uma área na Barra da Tijuca. Nos demais Estados, vamos investir no interior."

Três dos quatro empreendimentos anunciados serão em sistema misto, com apartamentos para moradores que também poderão usar os serviços de hotelaria.

Parte dos recursos virá da comercialização das unidades e de investidores. O restante será capital próprio.

As obras dos prédios e a incorporação serão feitas por uma construtora do grupo.

"Atuamos no processo todo, da compra das áreas até a montagem e a administração dos hotéis", diz o presidente, Sebastião Pires Campos.

Além da atuação nos setores hoteleiro e imobiliário, a companhia tem dois restaurantes e fazendas de gado.

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Abre portas

A Hörmann, multinacional alemã, especializada na fabricação de portas residenciais, corporativas e industriais vai instalar a primeira fábrica da empresa no país, que será a 25ª mundial.

Além da demanda para os produtos que vêm da Alemanha, o câmbio desfavorável à importação ajudou na tomada de decisão.

A fábrica será implantada em 2015.

"Ainda estudamos a melhor localização e deveremos tomar a decisão em novembro, quando virão diretores da Alemanha", diz Flávio Pinto, diretor-presidente da Hörmann Brasil.

"Deverá ser no Estado de São Paulo, em Campinas ou no Vale do Paraíba, perto de mão de obra qualificada." Os terrenos estão mais caros aqui do que em locais disputados na Europa, diz.

O aumento da demanda pelos produtos acompanhou a sofisticação da engenharia brasileira. "Hoje o construtor quer isolamento acústico melhor", diz.

"Em cinco anos, deveremos ter 25% do mercado, com a produção anual de 5.000 portas industriais e 50 mil comerciais." A expectativa dele é que a empresa cresça 50% no país neste ano, principalmente pelos contratos com o Maracanã e a Arena Corinthians.

Em âmbito global, a empresa faturou no ano passado € 1,2 bilhão (cerca de R$ 3,5 bilhões).

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Casa no centro

O antigo hotel Excelsior de Belo Horizonte será transformado em um condomínio residencial pela construtora mineira Diniz Camargos.

O prédio receberá um aporte de R$ 30 milhões para ser modernizado internamente.

Esse é o terceiro projeto que a empresa desenvolve para converter um edifício antigo do centro da cidade em uma torre de apartamentos -os outros dois demandaram investimentos semelhantes.

"Há uma série de prédios abandonados no centro. O comércio não tem interesse por eles, mas a região oferece tudo para os moradores", diz Teodomiro Diniz Camargos, presidente da companhia.

"Esse se tornou um nicho interessante desde que houve investimento em segurança pública e instalação de câmeras de segurança nas ruas", acrescenta.

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Fusões e aquisições de empresas se estabilizam

O número de fusões e aquisições realizadas no país manteve-se praticamente constante nos oito primeiros meses deste ano: foram 525, ante 536 no mesmo período de 2012, de acordo com dados da PwC.

"O mercado está estável e mais cauteloso no fechamento de novos negócios", diz Alexandre Pierantoni, sócio da PwC.

"Não há mais uma diferença grande entre o valor que o vendedor espera receber e o que o comprador está disposto a pagar."

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O segmento que concentrou a maior quantidade de operações foi o de serviços auxiliares, que engloba agências de publicidade e comunicação, consultorias, companhias de segurança e limpeza, entre outras empresas.

A área acumulou 15% dos negócios, enquanto TI e varejo ficaram com 12% e 10% do total, respectivamente.

"Os serviços estão com uma volatilidade menor que o varejo -setor cujo crescimento se estabilizou."

O crescimento no número de fusões e aquisições no segmento de serviços auxiliares reflete uma maior profissionalização das companhias, segundo Pierantoni.

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Arquivo confidencial

A maioria dos altos executivos utiliza endereços de e-mail considerados inseguros para enviar informações confidenciais, aponta pesquisa que será divulgada hoje pela Thomson Reuters.

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Pouco mais de 75% dos entrevistados afirmaram usar "contas não comerciais privadas como Hotmail e Gmail para transferir arquivos do conselho diretivo a seus membros", diz o relatório.

O levantamento mostra ainda que 25% dos executivos disseram que os conselhos administrativos de suas empresas não se comprometem a supervisionar riscos.

"Hoje há atas de decisões, relatórios e livros documentais com milhares de páginas. Esse é um ponto que coloca as empresas em vulnerabilidade", diz Donald Peele, diretor da Thomson Reuters para a América Latina.

As organizações preparam em média 92 relatórios anuais, cada um com 116 páginas. Isso representa mais de 10,6 mil páginas -alta de 80% ante o ano anterior, quando o número de páginas ficou ao redor de 5.940.

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Jovens e impostos

Quase 40% dos brasileiros com idade entre 16 e 24 anos não têm consciência de que pagam algum tipo de imposto, de acordo com pesquisa da Ipsos feita a pedido da Fecomercio-RJ.

Quando questionados sobre os tipos de tributos, jovens dessa faixa etária, no entanto, foram os mais cientes (69%) com relação a impostos indiretos, sobre produtos e serviços.

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"Se por um lado parece que eles não prestam atenção na tributação, por outro, aqueles que responderam saber são mais conscientes que a média da população", diz Christian Travassos, economista da entidade.

Pessoas que tem mais de 60 anos, por sua vez, são os com mais conhecimento sobre as taxas municipais.

"É uma faixa que tem maior renda e lida com o pagamento de impostos diretos, enquanto os jovens não arcam com despesas de casa."

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Investimento no novo

A SP Ventures e a Ícone Investimentos farão a gestão do fundo Inovação Paulista, criado pelo governo de São Paulo para apoiar empresas em estágio inicial.

O fundo, que terá patrimônio de R$ 100 milhões, é uma parceria entre Desenvolve SP, Fapesp, Finep, Sebrae e CAF.

"Serão de 12 a 15 empresas, que receberão investimentos de cerca de R$ 8 milhões cada uma", diz Milton Luiz de Melo Santos, presidente da agência paulista.

"Cerca de 70% irão para start ups ou empresas com faturamento de no máximo R$ 3 milhões." A seleção será feita em universidades, incubadoras e centros de pesquisa, entre outros locais.

"O fundo vai comprar participação acionária minoritária nessas empresas", afirma Francisco Jardim, sócio-diretor da SP Ventures.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI


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