Folha de S. Paulo


Grupo volta ao setor alimentício após cinco anos

O grupo pernambucano GL Empreendimentos, comandado por Gerson Lucena, que até 2008 era dono da marca Vitarella, vai retornar ao setor alimentício.

A companhia construirá uma fábrica em Moreno, na região metropolitana do Recife, com investimento estimado em R$ 168 milhões.

Em 2008, Lucena vendeu a Indústria Bomgosto, fabricante da Vitarella, para a concorrente M. Dias Branco, que lidera os segmentos de massas e biscoitos no país.

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Uma das cláusulas do contrato estabeleceu que o empresário deveria ficar fora do negócio por cinco anos.

Com o fim do prazo, a empresa planeja colocar em operação uma indústria com três linhas diferentes de bolachas. A unidade, cujo funcionamento está previsto para julho de 2014, deverá fabricar 37 mil toneladas por ano

"Vamos começar com os biscoitos, com foco no mercado nordestino, para depois diversificar a produção", afirma Osvaldo Amorim Miranda, responsável pelo braço industrial do grupo.

Só o segmento de bolachas tem faturamento projetado de R$ 175 milhões para 2015.

Há uma ampliação prevista para 2016, com a inclusão de massas e outros itens.

Do montante total a ser investido, 40% são em capital próprio da empresa. O restante virá de financiamentos.

Hoje a companhia atua com projetos imobiliários e logísticos. Também tem participação em shopping centers e em uma usina de geração de energia.

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Central em mineração

A Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, escolheu o Brasil para ser a sede global das operações de mineração e metalurgia.

A centralização no país é motivada pelo crescimento dos negócios nessas áreas.

"Abrimos um escritório em Belo Horizonte no ano passado com duas pessoas e hoje temos 120 funcionários graças aos contratos conquistados", afirma João Ronchel, presidente global de mineração e metalurgia.

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João Ronchel, presidente global de mineração e metalurgia do grupo finlandês
João Ronchel, presidente global de mineração e metalurgia do grupo finlandês

Hoje, os segmentos correspondem a 25% dos negócios da companhia no Brasil. O restante vem de projetos em papel e celulose.

"A meta é, em três anos, equilibrar essa balança, com metade do volume de negócios para cada setor", diz. O país representa 20% do faturamento global do grupo.

US$ 1,2 bilhão foi o faturamento global da companhia no ano passado

7.000 é o número de funcionários no mundo, dos quais 750 no Brasil

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Mimos de hotel

O Boticário começa hoje a trabalhar o segmento de cosméticos para hotelaria em parceria com a Realgem's, fabricante do setor de "amenities" (cortesias para hotéis).

O projeto vai ser desenvolvido pela marca Nativa SPA, que foi criada pelo Boticário em 2006.

O Boticário entra com fórmulas, produtos e a marca conhecida e a Realgem's com a expertise do mercado e seus canais de vendas.

As duas fragrâncias que serão comercializadas em um primeiro momento no formato de "amenities" são Ameixa e Verbena + Aloe Vera, nas categorias: shampoo, condicionador, hidratante corporal e sabonetes líquido, esfoliante e em barra.

A estreia será na feira Equipotel, que se inicia hoje em São Paulo.

O setor de cosméticos para hotelaria movimenta anualmente R$ 3 bilhões, segundo levantamento da feira. O país registra cerca de 355 milhões de diárias comercializadas por ano.

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Aluguel no zero a zero

A locação de escritórios de alto padrão em São Paulo ficou estável no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, segundo estudo da Colliers International.

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O segmento fechou o período de abril a junho com uma taxa de disponibilidade de 10,5%, em relação aos 9% no trimestre anterior.

Os preços médios do metro quadrado por mês variaram de R$ 109,49 de janeiro a março para R$ 111,23 nos três meses seguintes.

"Depois do forte crescimento até 2011, o mercado vive um momento de equilíbrio desde o ano passado", diz André Strumpf, da consultoria.

"A partir de 2012, houve diminuição da demanda e a oferta cresceu. Hoje ainda não há redução no valor do aluguel pedido [pelo dono do imóvel], mas há maior flexibilidade na negociação."

São classificados como de alto padrão escritórios em prédios que têm tecnologias "verdes" (redução de consumo de água e energia, por exemplo), laje mínima de 600 m² e boa localização, entre outros itens.

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Celular na padaria

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As vendas realizadas em bancas de jornal e padarias, além outros pequenos pontos de comércio, é responsável hoje por mais da 60% da comercialização de cartões pré-pagos de celulares de algumas operadoras.

Na Tim, por exemplo, 67% das aquisições de linhas da categoria de agosto foram realizadas nesses estabelecimentos. A empresa tem 300 mil pontos de venda alternativos e deve elevar esse número em 10% até dezembro.

Na Oi, os pequenos pontos comerciais são responsáveis por 65% das vendas. A companhia também está expandindo essa rede de lojas.

A Claro, por sua vez, mantém 330 mil estabelecimentos como canal alternativo de distribuição de chip. Para a Telefônica Vivo, o pequeno varejo é "tão importante quanto as grandes lojas".

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Vida saudável

A população de países emergentes relaciona mais a qualidade de vida com a preservação do meio ambiente do que a de países ricos.

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Um levantamento da Tetra Pak mostra que 32% dos entrevistados de regiões em desenvolvimento fazem essa relação. A parcela cai para 12% quando são considerados apenas os moradores de áreas desenvolvidas.

A pesquisa também aponta que 37% dos consumidores de todo o mundo buscam regularmente selos ambientais em embalagens.

Um pouco mais da metade (54%) afirma confiar nas informações contidas nos pacotes dos produtos --quase 20% a mais do que o registrado em 2011.

Foram ouvidas 7.000 pessoas em 13 países.

com LUCIANA DYNIEWICZ e LEANDRO MARTINS


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