O autor do livro "Diário da Cadeia" (Record), assinado com o pseudônimo Eduardo Cunha, que teve sua circulação proibida por uma liminar e foi liberado nesta quinta (20), é o escritor paulista Ricardo Lísias.
A Record vinha mantendo em segredo a real identidade do autor. Mas, na mesma liminar que proibiu o livro, foi obrigada a revelar o nome dele nos autos do processo até segunda (17). Como a casa só conseguiu derrubar a decisão agora, precisou fazê-lo para não pagar uma multa de R$ 400 mil reais por dia.
Procurados, o Lísias e seu editor, Carlos Andreazza, não quiseram comentar o assunto. "Não posso comentar sobre o autor, o importante é que a obra está livre. E ela se sustenta como obra de ficção", diz Andreazza.
A coluna apurou que a ideia do projeto foi do próprio escritor, que preferiu procurar uma editora diferente da sua original, a Objetiva. A obra se relaciona ao resto dos livros de Lísias, que costuma abordar os disfarces literários, e traz pistas sobre sua autoria real.
A liminar que proibiu a circulação da obra foi dada pela juíza Ledir de Araújo, da 13ª Vara Cível do Rio de Janeiro, depois de pedido dos advogados do verdadeiro Eduardo Cunha, preso em Curitiba. O desembargador Augusto Alves Moreira Junior, da 8ª Câmara Cível, derrubou a liminar dizendo tratar-se de uma obra de ficção -e que a liberdade de expressão deve "preponderar".
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Santo nome A Ubu assinou contrato com o Fondo de Cultura Económica, do México, para uma nova edição de "Sor Juana Inés de la Cruz - As Armadilhas da Fé", biografia que Octavio Paz fez da poeta mexicana.
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