Folha de S. Paulo


Livros fazem balanço do centenário da Revolução Russa

Com o centenário da Revolução Russa em 2017, as editoras brasileiras preparam uma série de publicações sobre o tema. A Boitempo, editora de linha editorial de esquerda, é que a mais tem obras no prelo.

Por aí, vem uma biografia intelectual de Lênin, do pesquisador húngaro Tamás Krausz, e uma HQ biográfica sobre a cadela Laika, que foi para a lua. Duas coletâneas sobre o tema também são preparadas por Bruno Gomide e Graziela Schneider.

Na Companhia das Letras, sai neste mês "O Fim do Homem Soviético", de Svetlana Aleksiévitch. Para ano que vem, o historiador Daniel Aarão Reis prepara uma coletânea de artigos e manifestos da época da revolução Traduzidos direto do russo, a maioria é inédita em português. No prelo, também está "O Túmulo de Lênin", de David Remnick.

A Record sai com "A Maldição de Stálin", de Robert Gellately, que se propõe a mostrar as "maquinações" do ditador russo para implantar o socialismo pelo mundo, e uma biografia de Trotski feita por Robert Service, entre outros.

Divulgação
Ilustração de Maria Bonomi para o poema A Flor Amarela, de Cecilia Meireles, Credito Divulgacao Maria Bonomi
Ilustração de Maria Bonomi para o poema "A Flor Amarela", de Cecilia Meireles

Flor A artista plástica Maria Bonomi, que ilustrou "Ou Isto ou Aquilo" (1964), de Cecilia Meireles, livro hoje raro da editora Girofie, fez um desenho (ao lado) para "A Flor Amarela", único poema da obra que não havia ganhado uma ilustração à época.

Flor 2 A ilustração foi doada à Biblioteca Mario de Andrade, que inaugura em breve um espaço dedicado à literatura infantil, a ser batizado com o nome do poema.

Alfarrábio A USP botou no ar um banco de dados para reunir a bibliografia sobre a obra de Guimarães Rosa. Ele pode ser acessado no endereço usp.br/bibliografia/grosa.

Perspectivismo Além das obras que eram da Cosac Naify, Eduardo Viveiros de Castro fechou mais dois livros com a Ubu: um volume de ensaios escritos a partir de 2002, que deve trazer também ensaios políticos e entrevistas, e outro com aulas sobre antropologia contemporânea, em parceria com Marcio Goldman.

Japão A Estação Liberdade vai publicar um volume com cartas trocadas entre Yukio Mishima e Yasunari Kawabata entre 1945 e 1970, nas quais os dois falam de suas vidas pessoais e de temas contemporâneos a eles, como o trauma das bombas atômicas e a ocidentalização da cultura japonesa.


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