Livro clássico de Campos de Carvalho, "A Lua Vem da Ásia" vai virar filme. A adaptação, a cargo do ator Chico Diaz, já recebeu autorização da Ancine para captar R$ 1,57 milhão —e tem até o fim deste ano para fazê-lo. Cultuado entre escritores, mas ainda pouco lido pelo grande público, o romance do autor mineiro já havia sido adaptado para o teatro em 2011, pelo próprio Diaz, que atuava como o protagonista do monólogo. "Acredito na capacidade do texto de levantar questões contemporâneas importantes", afirma o ator.
Além da captação de recursos, a ideia é buscar parceiros de produção para viabilizar o longa. Por enquanto, também estão no projeto as produtoras Cavídeo, Maranduvá e Pureza Filmes. Além da Lei Rouanet, eles procuram editais para inscrever o filme. Publicado em 1956 pela José Olympio e recuperado nos anos 1990 pela mesma editora, "A Lua Vem da Ásia" é um romance surrealista sobre a loucura, no qual o protagonista inicia suas memórias dizendo que matou seu professor de lógica aos 16 anos.
MÃE, MOSER E AZEVEDO
Chegou a seis dígitos, em reais, a disputa pela obra de Valter Hugo Mãe, um dos principais nomes da Cosac Naify. A Globo Livros levou, em leilão que envolveu ainda Companhia das Letras, Record e Intrínseca. Os livros que estavam na 34 também vão para lá.
Outros autores da Cosac também já têm nova casa. Benjamin Moser, disputado por algumas editoras, fechou com a Companhia os direitos de "Clarice," e da biografia de Susan Sontag, que sai no próximo ano.
"Achei que fazia sentido ir para a Companhia, porque eles editam a Sontag no Brasil. E a Penguin, minha editora no exterior, publica a Clarice", afirma Moser.
Estevão Azevedo, ganhador do Prêmio São Paulo, fechou com a Record a publicação de todos os seus livros antigos e um novo romance.
"Queríamos o Estevão há muito tempo. É um jovem autor literário, com uma carreira pela frente, justamente o que procuramos", afirma Carlos Andreazza, editor da Record.
| Divulgação | ||
 |
||
| NAVIO - Pintura de Fernando Correia Dias, marido de Cecília Meireles, que ilustra 'Diário de Bordo', livro de crônicas de viagem da poeta, lançado pela Global Editora |
DONA GLORINHA, CADÊ VOCÊ?
A campanha de espalhar cartazes pelo bairro carioca do Grajaú, promovida por Janaína Marquesini e Raquel Munhoz, biógrafas de Clementina de Jesus, já deu resultado. Elas buscam Dona Glorinha, que foi patroa da sambista na década de 1940.
A dupla de pesquisadoras conseguiu o endereço de um prédio no Rio e embarca nesta semana em busca de pistas de Dona Glorinha ou de seus familiares, porque é provável que ela já tenha morrido.
As duas jornalistas trabalham na biografia de Clementina há cinco anos e já passaram pelos acervos de pesquisadores como José Ramos Tinhorão e Hermínio Bello de Carvalho, o descobridor da intérprete fluminense.
As duas autoras ainda não têm editora, mas afirmam estar em negociação com uma grande casa.
Games A Sextante publica em fevereiro o quinto volume da série "Diário de Um Zumbi do Minecraft", com tiragem inicial de 50 mil exemplares. Publicada na Bienal do Livro do ano passado, a série já vendeu 200 mil exemplares. O primeiro tomo está em quarto lugar da lista de mais vendidos da Folha.
Modernismo "Cobra Norato", poema clássico de Raul Bopp, será publicado ainda neste semestre, na Argentina, pelas Ediciones Corregidor.
Novo selo A Planeta Brasil lança no país, em fevereiro, o selo Crítica, criado na Espanha em 1976 e centrado nas áreas de história, filosofia, ciências sociais e divulgação científica. Lá fora, é a casa do físico Stephen Hawking e do paleontólogo Stephen Jay Gould.
Novo selo 2 A estreia no país, no dia 22/2, será com "Made in Macaíba", do neurocientista Miguel Nicolelis. Em março, será a vez de "Em Nome de Roma", do escultor Alan Goldsworthy.
Verão É da Zahar o livro "Always Hungry", com a dieta desenvolvida por David Ludwig, endocrinologista da Universidade de Harvard especialista em obesidade. A ideia é "reprogramar" as células a partir da qualidade dos alimentos ingeridos.
Romance A Companhia das Letras comprou os direitos de "Zero K", livro que Don DeLillo deve publicar neste ano. A obra, descrita pela editora americana Scribner como o trabalho "mais poderoso" do autor desde o aclamado "Submundo" (1999), já foi vendida para 12 países.