Folha de S. Paulo


Mercado de condomínios não sente a crise, já que prédios não podem falir

O mercado de condomínios não sente a crise. Afinal, prédios não podem falir, fechar ou pedir recuperação judicial. O mercado ainda cresce em ritmo alucinante, fruto dos áureos tempos de boom imobiliário. Dezenas de condomínios e loteamentos são inaugurados a cada mês.

É um mercado que emprega formalmente um batalhão de funcionários, contrata uma infinidade de serviços e compra regularmente muitos produtos. Estima-se que um terço da população já more em condomínios (só na capital paulista são mais de 30 mil), sem falar nos prédios comerciais, loteamentos horizontais e flats.

Num universo tão grandioso, as oportunidades de trabalho não param de aumentar. Para quem deseja um emprego formal, com nível médio de formação, há vagas para porteiro, segurança, faxineiro, zelador e gestor predial. Já na área de manutenção há espaço para empresas que trabalham com interfone, paisagismo, portão, bombas, piscina, limpeza de caixa d'água, dedetização, elevadores, sistema de câmeras, cerca elétrica etc.

Na área de obras e serviços, os condomínios contratam impermeabilização, pintura, recuperação de fachada, reformas de espaços de lazer, aquecimento de piscina, retrofit, dentre outras tantas. Isso sem falar da compra de produtos (de limpeza, por exemplo) e na assessoria de profissionais como advogados, contadores e arquitetos.

Vale ressaltar que os condomínios costumam pagar em dia todos os seus funcionários e prestadores de serviços, já que as despesas são aprovadas anualmente nas assembleias. Eis mais um motivo para trabalhar nesse mercado... Além disso, uma mesma administradora cuida de vários condomínios e, quando uma empresa faz um bom trabalho, a administradora pode indicá-la para vários outros prédios, possibilitando crescimento rápido.

É importante lembrar que os condomínios funcionam como verdadeiras empresas, e o nível de exigência dos moradores aumentou, de forma que o sucesso nesse mercado requer dedicação, preparo técnico e paciência para reuniões até tarde.

Raquel Cunha/Folhapress
Edifícios na avenida Ipiranga, em São Paulo
Edifícios na avenida Ipiranga, em São Paulo

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