Folha de S. Paulo


Os brasileiros e a longa proteção da vacina BCG contra a tuberculose

Denny Cesare/Codigo19/Folhapress

Crianças protestam e choram quando recebem uma injeção mas raramente acontece com a aplicação intradérmica da vacina BCG. Ela é aplicada na maternidade, logo após o nascimento do bebê.

Segundo especialistas, a tuberculose na primeira infância por vezes é fatal e o BCG, ainda a única vacina disponível, dá proteção contra a doença por muitos anos, inclusive quando adultos, época de maior ocorrência de sua transmissão.

Sanitaristas brasileiros anteriormente demonstraram a efetiva contribuição da vacina BCG na prevenção contra a tuberculose. Durante muitos anos autoridades de saúde pública de outros países não aceitavam essa orientação.
Recente contribuição de Punam Magtani e colaboradores do Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Londres, publicada dia 31 de agosto no "International Journal of Epidemiology", demonstra que o BCG protege por muito mais tempo do que se pensava, no mínimo por 20 anos.

Esse estudo confirma trabalhos publicados por médicos da Universidade Federal da Bahia e de Pernambuco em 2005 e 2007 (Maurício Barreto, S. Cunha, Susan Pereira, Odimariles Dantas e Ricardo Ximenes) nas revistas médicas "International Journal of Tuberculosis and Lung Disease" e "Revista de Saúde Pública".

A vacina BCG foi desenvolvida entre 1906 e 1919 no Instituto Pasteur de Paris por Camille Calmette e Albert Guérin a partir do Mycobacterium bovis atenuado e foi denominado Bacilo de Calmette-Guérin. É utilizada no Brasil desde 1921.


Endereço da página: