Uma doença cutânea da infância atrapalha a vida dos pequenos pacientes e de seus familiares. Além disso, o diagnóstico dela tem sido cada vez mais frequente nos últimos anos.
Na dermatite atópica a presença de prurido (coceira) é uma de suas principais características e algumas vezes a aparência das lesões provoca impacto emocional negativo. Ela evolui de forma crônica, em surtos. O caráter alérgico provavelmente é hereditário.
Um estudo publicado na "Revista Paulista de Pediatria" por Amanda Bezerra Campos e colaboradores da Universidade do Estado do Pará, em Belém, relata que, nas últimas três décadas, o número de pacientes com a afecção dobrou ou mesmo triplicou nos países mais desenvolvidos.
No Brasil, a prevalência da dermatite atópica varia em função da faixa etária e da região; no Norte e Nordeste, em crianças de seis e sete anos.
Como o prurido às vezes é intratável e prejudica o sono, o comportamento diurno e a produtividade das crianças (além da interferência emocional e financeira na família), a recomendação aos envolvidos na atenção às crianças é ter informação adequada e conhecimento sobre a enfermidade.
O tratamento é conduzido com a aplicação de medicamentos emolientes (para amaciar a pele seca e dura), corticoides tópicos e antialérgicos orais. É importante a adesão das crianças ao tratamento e os necessários cuidados para o sucesso terapêutico.