Folha de S. Paulo


A nossa legislação dá segurança aos alimentos que consumimos

Karime Xavier/Folhapress

Será que precisamos ter medo do que comemos? No Brasil, há suficientes normas gerais e técnicas em relação à produção, distribuição, comercialização e segurança dos alimentos que consumimos. O responsável pela efetivação é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em dissertação de mestrado da Faculdade de Saúde Pública da USP, Aline Martins de Carvalho mostra um consumo excessivo de carne pela população em São Paulo e recomenda redução para 100 gramas por dia. Isso porque a boa qualidade na dieta alimentar diária é inversamente proporcional ao consumo excessivo de carne vermelha e de produtos cárneos processados –que podem causar prejuízos à saúde.

Por um lado, a crise econômica recente colaborou para diminuir o consumo excessivo, mas o de alimentos processados, por outro, vem crescendo em todas as faixas etárias por causa dos preços mais acessíveis.

E o pior é que nesse pacote está uma grande soma de gorduras totais e saturadas, colesterol, sódio e outros minerais como ferro e cálcio, relata a pesquisadora Renata Bielemann, da UFPel, em artigo na "Revista de Saúde Pública". O alto valor calórico é perigoso por causa da obesidade e traz risco de doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.

E não tem como fugir desses alimentos industrializados. Na revista "Brazilian Journal of Food Technology", Luís Madi e Raul Amaral Rego, do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas, SP), destacam que a indústria de alimentos e bebidas é vital para o abastecimento da população, especialmente nos grandes centros urbanos.

Além de eficiente no uso de recursos naturais e energia, relatam, as normas de produção industrial (sem considerar eventuais desvios morais, claro) garantem a qualidade e segurança dos alimentos que chegam à nossa mesa.


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