Folha de S. Paulo


Hipoglicemia pode ser uma das consequências da cirurgia bariátrica

Pedro Amatuzzi/Código19/Folhapress
Pacientes fazem fila para se candidatar a cirurgia bariátrica na Unicamp
Pacientes fazem fila para se candidatar a cirurgia bariátrica na Unicamp

As primeiras cirurgias bariátricas aconteceram em 1974 e, desde então, ganharam o mundo. O lugar onde mais é praticada são os EUA, seguidos de perto pelo Brasil, segundo colocado, que soma 95 mil intervenções anuais da tentativa de promover a redução da obesidade e de doenças metabólicas.

No editorial da revista "ABCD –Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva", os médicos Josemberg Campos, Almino Ramos e Ricardo Cohen apontam o crescimento em 300% no número de casos com esse tratamento cirúrgico da obesidade mórbida nos últimos dez anos. O risco, explicam, equivale ao da cirurgia abdominal de porte médio.

Uma das possíveis complicações é a síndrome de dumping, que também esteve presente no antigo tratamento cirúrgico das úlceras de estômago –quando havia na retirada total do órgão. (Atualmente, o tratamento da úlcera gástrica é medicamentoso apenas).

O dumping da cirurgia bariátrica é o resultado da súbita presença do conteúdo gástrico no início do intestino delgado, esclarecem na mesma revista Yasmin Silva Chaves e Afrânio Destefani.

A consequência da invasão inesperada é a liberação de substâncias como bradicinina e serotonina, entre outras, que provocam palpitação, sudorese e tontura. Outra consequência é hipoglicemia, horas depois, por excesso de insulina produzida pelo corpo.


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