Os diabéticos recebem menor atenção e tratamento para osteoporose do que as pessoas sem diabetes, segundo pesquisa feita na Dinamarca.
Essa é a conclusão do trabalho "Epidemiologia de fraturas no diabetes", relatada na revista "Calcified Tissue International" por Jakob Starup-Linde e colaboradores da Universidade Aarhus. A pesquisa destaca que a maioria dos pacientes diabéticos nunca é avaliado para osteoporose.
A progressiva presença de diabéticos em todos os países –a denominada epidemia de diabetes– vai continuar concomitantemente com o número de obesos, como referem estudos sobre a presença global da doença realizados pela Federação Internacional de Diabetes.
Ao fator obesidade são acrescentados o aumento de idosos na população mundial e a inatividade física que levam à estimativa de 400 milhões de diabéticos para o ano 2030.
Os autores afirmam que idosos com diabetes tipo 1 têm risco sete vezes maior de fraturas do quadril –entre quem tem o tipo 2, o risco é cerca de 1,3 maior. Entre os fatores de risco para o elevado contingente de idosos diabéticos com fraturas constam idade, gênero, fraturas anteriores, uso de glicocorticoides e álcool. As doenças autoimunes também podem ter papel nas quedas.
Os autores recomendam vigilância extra através de exames radiológicos da coluna, quando indicados, para identificar fraturas de vértebras e predizer novas lesões.