Folha de S. Paulo


A transmissão sexual do vírus da zika

Picture-Alliance/Associated Press/F. Dana
Mosquito _Aedes aegypti_, transmissor do vírus da zika
Mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika

A transmissão do vírus da zika pela atividade sexual não só é possível como é mais frequente do que supõe, alerta a OMS (Organização Mundial da Saúde).

A transmissão principal ainda é pelo mosquito aedes, acrescenta o comunicado divulgado na última terça (6), mas a participação do sexo no contágio preocupa as autoridades sanitárias internacionais pela associação entre o vírus da zika e os resultados adversos da contaminação pelo patógeno na gravidez.

Não é a primeira vez que um vírus é transmitido por via sexual. O HIV iniciou sua caminhada pelo mundo há mais de 30 anos e apenas há pouco tempo surgiram medicamentos consideravelmente eficazes contra a Aids.

Pesquisadores recentemente comprovaram a transmissão do vírus da zika por homem ou mulher contaminados, mas assintomáticos.

No homem, foi confirmada presença do vírus no sêmen; na mulher, a presença do patógeno foi detectada nos fluidos vaginais e mucosa cervical (do colo do útero).

Para pessoas retornando de áreas com a presença da virose, inclusive as assintomáticas, é recomendável sexo seguro de oito semanas aos seis meses seguintes ao retorno ao seu domicílio.

Entre os vários cuidados recomendados para o sexo seguro estão o uso da camisinha pelo homem ou o equivalente feminino pela mulher e a redução do número de parceiros. Também existe a eficaz porém impopular alternativa da abstinência sexual.


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