O número de casos de caxumba vem aumentando em São Paulo, como a Folha informou ontem, e em outros Estados também.
A imunização contra a doença é feita nos primeiros anos de vida através da vacina tríplice (caxumba, rubéola e sarampo). Ela é gratuita nos centros de saúde do Estado ou da prefeitura.
Após 1968, quando foi introduzida na rotina médica, observou-se diminuição na incidência da virose, alcançando cerca de 99% nos EUA, há dez anos.
A ressurgência da caxumba com seus eventuais surtos pode afetar aqueles que não foram imunizados e que consequentemente se tornam vulneráveis. Essa omissão tem o seu preço.
Nos adolescentes e adultos jovens do sexo masculino não vacinados, o vírus da caxumba pode atingir os testículos, provocando doloroso inchaço. É a chamada orquite.
Atrofia testicular unilateral é citada em 60% dos casos e também eventuais problemas de fertilidade.
No sexo feminino, a consequência da caxumba pode resultar em uma inflamação dos ovários.
Especialistas estimam em 40% o percentual de homens que após a puberdade podem sofrer de orquite. Também assinalam outras eventuais complicações, como surdez, meningite e pancreatite.
Se o paciente escapar ileso da caxumba, vai ter também a sorte de dificilmente sofrer de uma recaída, já que a doença gera imunidade permanente.