Folha de S. Paulo


Uma cirurgia para os pés

A cirurgia minimamente invasiva já é empregada para vários problemas, como apendicite, hérnia de disco, coluna e cólon (intestino grosso).

O emprego desta técnica para os pés em nosso meio, entretanto, vem caminhando lentamente. Idealizada nos EUA, desenvolveu-se na Europa há sete anos com o médico espanhol Mariano Del Prado e da Argentina chegou ao Brasil há pouco tempo.

Por um pequeno furo de 3 mm, entram pequenas serras ou limas. A cirurgia usa raios-x e fluoroscopia para orientação nas partes moles e ósseas. A recuperação no tratamento de deformidades como joanete e dedo em martelo é mais rápida e resulta em menor custo operacional. Também apresenta menor perda sanguínea e pós-operatório quase sem dor, segundo o médico Nelson Astur Filho, presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé).

Em artigo publicado na revista da ABTPé, o médico Felipe Serrão M. de Souza e colaboradores do Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio, mostram que o emprego da técnica da cirurgia percutânea é uma opção para o tratamento das lesões relacionadas ao pé diabético, com baixa incidência de complicações e resultados satisfatórios na maioria dos casos.

Souza destaca ainda que a cirurgia minimamente invasiva pressupõe uma longa curva de aprendizado e assinala a resistência à sua utilização pelos especialistas que praticam os métodos convencionais.


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