Folha de S. Paulo


A cirurgia da obesidade mórbida

A cirurgia bariátrica, inicialmente vista apenas como uma esperança no tratamento da obesidade mórbida, transformou-se em uma operação de rotina.

No Brasil, são cerca de 90 mil procedimentos desse tipo por ano, segundo o médico Ricardo Cohen, que irá presidir o 21º Congresso Mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos, em setembro, no Rio.

A abertura do congresso será sobre a evolução do "by-pass" gástrico (ponte gástrica) nos últimos 50 anos. Essa operação é considerada uma opção quando o tratamento clínico falha.

Serão abordados os benefícios da operação, como a redução do risco cardiovascular e do diabetes, e os distúrbios metabólicos observados no pós-operatório.

Entre os distúrbios relatados estão aqueles resultantes de uma deficiência alimentar com repercussão óssea, sobre os quais Tatiana Munhoz da Rocha L. Costa e seus colaboradores do Hospital de Clínicas da Universidade

Federal do Paraná escreveram nos "Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva".

Os autores encontraram em pacientes dieta insuficiente em proteínas, cálcio e vitamina D, além de baixa exposição solar. As consequências foram alterações como hiperparatireoidismo secundário e redução de massa óssea na coluna lombar. A conclusão dos autores é que, após a cirurgia, é preciso explicar a importância de manter uma alimentação adequada.


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