Folha de S. Paulo


O risco zika na Olimpíada

A ausência de atletas dos EUA na Olimpíada do Rio, em agosto, foi desmentida, mas, caso seja declarada uma epidemia de zika, os quenianos não virão. Ele esperam conselhos das autoridades brasileiras para tomar uma decisão no último minuto.

O comitê olímpico internacional garante que o evento está seguro em relação ao vírus da zika e consta que agosto e setembro são meses de presença de mosquitos próxima de zero no Rio.

A preocupação não é apenas com a microcefalia. Surgiu a possibilidade, ainda sem confirmação, da relação do vírus com a síndrome de Guillain-Barré.

Essa síndrome é de provável causa autoimune por processo infeccioso por bactérias ou viroses. É uma das mais sérias emergências em neurologia. Provoca fraqueza muscular em braços e pernas; nos casos mais graves, insuficiência respiratória.

Segundo os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), ainda não há confirmação de conexão entre a síndrome e a infecção pelo vírus da zika.

Na revista "New England Journal of Medicine" do dia 11, Anthony S. Fauci, autoridade internacional em doenças infecciosas, assinala que a concomitante presença de 73 casos (0,027%) da síndrome de Guillain-Barré e outras condições neurológicas observadas durante a epidemia na Polinésia Francesa, em uma população de cerca de 270 mil pessoas, "podem
representar complicações do vírus da zika".


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