A mobilização nacional para combater o mosquito Aedes provavelmente evitará maior expansão da explosiva presença do vírus zika.
Para prevenir possível pandemia pelo vírus, a diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, convocou para segunda-feira reunião do Comitê de Emergência para determinar medidas urgentes visando conter a expansão mundial do vírus zika.
Serão analisadas a distribuição geográfica do mosquito e a potencial distribuição internacional do vírus zika e sua possível associação com a microcefalia.
O médico Claudio Maierovitch, do Ministério da Saúde, afirmou que há uma relação consistente entre a infecção pelo zika na gestante e a microcefalia.
Entretanto, o médico epidemiologista canadense Bruce Aylward, diretor da OMS para Surtos e Emergências em Saúde, refere que "temos uma associação, não uma causa".
Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) acrescenta que estudos adicionais são necessários para caracterizar a relação entre zika e a microcefalia. Mas recomenda uso de repelentes às gestantes.
A cautela em determinar a efetiva participação do vírus na origem da microcefalia possivelmente decorre de diferentes causas relacionadas à má-formação fetal. Na mulher grávida desnutrida, o feto pode não se desenvolver normalmente. Estudos publicados referem que nutrição materna insuficiente pode ter como consequência a desnutrição intrauterina.