Folha de S. Paulo


A prevenção da obesidade no pós-parto

O excesso de peso na gestação é fator de risco para a obesidade no pós-parto, já que cerca de 50% das mulheres apresentam, após o parto, sobrepeso ou mesmo obesidade, segundo os especialistas.

A explicação, segundo Martha Nast e colaboradoras da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, é a insuficiência de vigilância no controle do ganho de peso durante a gestação.

O estudo, publicado recentemente na "Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia", mostra que não seguir a recomendação de controle sobre ganho de peso na gestação leva ao risco de a mulher permanecer obesa depois.

Por mais esse motivo (além da prevenção de doenças como sífilis e HIV), os autores destacam a importância da assistência pré-natal.

Em sua tese de doutorado na Faculdade de Saúde Pública da USP, Gilberto Kac, da UFRJ, mostra que para cada quilo que a mãe ganha na gestação, 350 g ficam retidos nove meses após o bebê nascer e a gordura será usada na produção de leite.

Por isso, a mãe que amamenta perde peso e a que não o faz, depois de nove meses, pode ter três quilos a mais.

A amamentação, além de ajudar na redução de peso, protege o bebê contra doenças, principalmente diarreias e infecções respiratórias.

A Organização Mundial da Saúde recomenda amamentação exclusiva até o sexto mês de vida do bebê, que pode continuar como complemento até os dois anos.


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