Folha de S. Paulo


A estreita relação dos dentes com o coração

Pesquisadores das faculdades de saúde pública e de odontologia da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, afirmam que manter a gengiva sadia retarda a progressão da aterosclerose.

Já está estabelecido que doenças periodontais e várias doenças do coração estão correlacionadas. Não havia, ainda, comprovação para a aterosclerose.

Na aterosclerose surgem depósitos de gordura nas artérias que, ao obstruir o fluxo de sangue para órgãos como o coração ou cérebro, provocam infarto ou acidente vascular cerebral.
A doença periodontal é uma infecção bacteriana dos tecidos que sustentam os dentes, provocando danos na gengiva e no alvéolo dentário. O sinal mais frequente é o sangramento da gengiva.

No fim do ano passado, Moïse Desvarieux, Panos N. Papapanou e Ralph Secco relataram, no site da American Heart Association, uma pesquisa sobre a evolução da doença periodontal acompanhada por ultrassom de artérias carótidas.

Examinaram no período de três anos 420 adultos por ultrassom e efetuaram 5.008 placas de cultura de fluidos da gengiva dessas pessoas.

Os autores do estudo observaram que, ao abreviar a doença periodontal pelo tratamento, ocorre uma redução da progressão das placas de ateromas nas carótidas.

Os resultados sugerem, de acordo com os pesquisadores, que mesmo uma doença periodontal inicial não deve ser ignorada.


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