Folha de S. Paulo


Infertilidade masculina

Até há poucos anos, a ausência de crianças na vida de um casal era atribuída a problemas na saúde da mulher.

Mais recentemente, tem ficado clara a contribuição masculina nessa situação. Para especialistas, o sêmen ejaculado não indica obrigatoriamente fertilidade.

Os médicos Marcello Cocuzza, Conrado Alvarenga e Rodrigo Pagani esclarecem na revista "Clinics" a incidência e causas tratáveis da azoospermia (ausência de espermatozóides no sêmen).

Referem que esse problema é identificado em cerca de 1% dos homens e é causa da infertilidade masculina entre 10% a 15% dos casos.

No número especial sobre azoospermia da "Clinics", revista editada pela Faculdade de Medicina da USP e anteriormente publicada sob o nome de "Revista do Hospital das Clínicas de São Paulo", os editores convidados Sandro Esteves, de Campinas (SP), e Ashok Agarwal, de Cleveland (EUA), assinalam a contribuição de pesquisadores e clínicos consagrados de sete países e três continentes.

Nos 17 capítulos da publicação são apresentados os mais recentes avanços da genética, fisiologia, bioquímica, biologia molecular, diagnóstico e tratamento da azoospermia, um verdadeiro tratado bastante atualizado sobre o problema.

Problema este em que a ausência de espermatozóides no ejaculado, que invariavelmente resulta em infertilidade, não significa, necessariamente, esterilidade, explicam os editores.


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