Folha de S. Paulo


Libertadores terá cinco grandes duelos entre Brasil e Argentina na 1ª fase

Jorge Adorno/Reuters
Hugo Figueredo, diretor da Conmebol, com o nome Corinthians no sorteio da fase de grupos da Taça Libertadores de Futebol, no Paraguai

Em meio às incertezas de como serão os times brasileiros e seus rivais no ano que vem, melhor que fazer previsões é ser realista e não acreditar demais nos nossos nem temer demais os deles.

Basta constatar que dos seis clubes nacionais na fase de grupo, cinco duelarão com os argentinos.

E não é difícil escolher os embates mais espetaculares, porque Flamengo e River Plate e Palmeiras e Boca Juniors devem ser confrontos ainda mais atraentes que Cruzeiro x Racing, Santos x Estudiantes e Corinthians x Indepediente.

Embora não sejam os que acumulam mais títulos, nem continentais nem mundiais.

Em matéria de taças Libertadores, Corinthians e Independiente somam oito, mais que todos, sete dos hermanos.

Assim como acumulam quatro mundiais, dois para cada lado.p(gallery). Grêmio x Lanús - Final da Libertadores-2017

Já Palmeiras e Boca têm sete títulos continentais, seis dos xeneizes, e três mundiais, todos deles.

Flamengo e River acumulam quatro Libertadores, uma brasileira, e dois mundiais, uma de cada lado.

Entre Santos e Estudiantes, quatro taças continentais dos de La Plata e três dos santistas, que têm dois títulos mundiais, contra um deles.

Finalmente, Cruzeiro e Racing somam três Libertadores, duas dos mineiros, e um mundial, dos portenhos.

É campeão para dar com o pau e apontar quem deve se sair melhor dos jogos lá e cá é prematuro.

Em tese, devem ser os classificados em cada grupo, mas garantir quem há de?

Só o atual campeão, o Grêmio, não enfrentará os argentinos agora, embora fatalmente deve encontrá-los nos mata-matas.

Sem se falar que, na Copa Sul-Americana, o maior dos campeões brasileiros, o São Paulo, tricampeão da Libertadores e mundial, terá o Rosario Central pela frente, o chamado sexto grande da Argentina.

Jorge Araújo -(Folhapress)
Palmeiras e Boca se reencontram na Libertadores
Palmeiras e Boca se reencontram na Libertadores

Não é o que o torcedor tricolor gostaria, porque apenas três vezes nesta década viu seu time na Libertadores, mas é o que tem.

Com 18 participações no torneio continental, o São Paulo foi alcançado pelo Palmeiras e pelo Grêmio e, na década, superado pelos rivais Palmeiras e Santos, com quatro participações, e pelo Corinthians, com seis.

Ganhar a Sul-Americana será a garantia de estar na Libertadores, ao menos, em 2019.

Torçamos para que tantos confrontos entre duas das melhores escolas de futebol do mundo honrem a excelência delas e passem ao largo do comportamento violento que tantas vezes mancharam a rivalidade, dos dois lados, indistintamente.

São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Buenos Aires e La Plata, a 59 quilômetros da capital argentina, bem que podem dar exemplos de civilidade, pois não.

CAMPO SÓCRATES

Inaugurou-se neste sábado, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST, em Guararema, a 62 quilômetros de São Paulo, o campo Dr. Sócrates Brasileiro.

Nem que o Maracanã adotasse seu nome, ou o estádio de Itaquera fosse batizado com ele, o Magrão, sendo como era, ficaria tão feliz.

O campo nasceu fruto de esforço coletivo, da velha vaquinha que agora mudou de nome, como a entrega em domicílio virou outra coisa, porque adoramos usar termos ingleses, e
é campo mesmo, não arena.

E "crowdfunding" ou "delivery", desculpe, é a mãe de quem chamou.


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