O Corinthians achou ótimo empate e poderia ter vencido. O São Paulo subiu como tinha de subir, mas...
Clayson salvou de novo o líder Corinthians de derrota que parecia decretada, agora no Mineirão, como aconteceu contra o São Paulo, no Morumbi.
Não teria sido justa a derrota, menos pelo futebol alvinegro, mais por um erro de arbitragem, ao anular gol legal de Balbuena.
Ganhar dois pontos em seis disputados seria pouco não fossem ganhos fora de casa e em dois clássicos, contra o São Paulo e contra o Cruzeiro, ambos 1 a 1.
Estar oito pontos à frente do vice-líder Santos é valioso porque significam duas rodadas descartáveis para quem tem 12 a disputar, na verdade dez, enquanto quem o persegue terá de disputá-las pontuando em todas.
Tudo isso considerado é importante frisar: mais uma vez o Corinthians não jogou bem e não soube se aproveitar como deveria do desgaste cruzeirense devido à decisão da Copa do Brasil.
Também não jogou nada bem o São Paulo mesmo em casa e com o incentivo de mais de 43 mil torcedores diante do fragílimo Sport.
Achou um gol graças a dois erros bizarros da defesa pernambucana, tomou bola no travessão e ganhou por 1 a 0 porque, nos acréscimos, Sidão recebeu o espírito de quem o contratou, o ex-goleiro e técnico em preparação Rogério Ceni, e fez dois impressionantes milagres seguidos.
Para quem acha que o Tricolor está progredindo o jogo só não aumentou a preocupação porque, melhor de tudo, o time saiu da zona do rebaixamento.
E não pode relaxar porque o próximo adversário é o Galo, no Horto.
Futebol tem suas curiosidades.
O Corinthians ensaia ser campeão sem jogar bem.
O São Paulo não escapará de cair se não melhorar.
SANTOS, SEMPRE SANTOS
A encharcada vitória santista sobre o favorito Palmeiras por 1 a 0 o mantém como mais próximo concorrente do Corinthians.
Eis o Santos, no mínimo, habilitado a ser novamente vice-campeão brasileiro, numa temporada repleta de percalços, com elenco mais curto e menos talentoso que na temporada passada.
Um Peixe que nada contra a corrente com campanha surpreendente, sem o brilho de 2016, mas competitivo a ponto de contrariar não apenas o velho DNA ofensivo, até mesmo do técnico Levir Culpi.
Sem Renato e Lucas Lima, o time pôs por água abaixo a meta alviverde de fazer 18 pontos em seis jogos, incapaz de chegar ao nono ponto, também porque as duas vitórias anteriores, por magérrimas contagens mínimas, contra os anêmicos Coritiba e Fluminense, não autorizavam otimismo algum.
Se o Santos surpreende, o Palmeiras decepciona.
Se o investimento catariano ameaça fazer rapidamente do PSG uma potência mundial, o fruto de juros exorbitantes de sua patrocinadora alviverde, combinado com a falta de planejamento e de critérios, conduz ao naufrágio apesar do apoio da massa palmeirense.
TRIST CATALUNYA
Triste ver Camp Nou vazio na vitória do Barça sobre o Las Palmas, 3 a 0, com mais dois gols de Messi.
Triste ver a incapacidade dos dois lados, governo espanhol e separatistas catalães, para resolver a questão secular. Ainda mais quando tudo indica que se o plebiscito acontecesse livremente, a maioria diria não à separação.
O patriotismo é mesmo o último refúgio dos canalhas.