Folha de S. Paulo


Santos bate o Corinthians e mantém ainda alguma graça no Brasileirão

Rivaldo Gomes/Folhapress
O Santos joga, na Vila Belmiroi, partida valida pela Vigesima Terceira Rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol Serie A, contra o Corinthians.
Ricardo Oliveira comemora na partida contra o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro

O CORINTHIANS fez seu 11º jogo fora de casa e perdeu pela primeira vez. Tem oito vitórias e dois empates.

Aproveitamento melhor que em Itaquera, onde tem sete triunfos, três empates e duas derrotas, para os rabeiras Vitória e Atlético-GO.

O líder do Campeonato Brasileiro parece "indespencável", só para contrariar o vaticínio do técnico gremista Renato Portaluppi, cujo time sim, despenca até com força máxima, como aconteceu contra o Vasco, em São Januário com portões fechados, mesmo palco em que, lotado, testemunhou a goleada corintiana por 5 a 2 no primeiro turno. O Grêmio segue a sete pontos do líder.

Mas a Vila Belmiro, também repleta, viu outra história e a diferença o Santos cair para nove pontos.

Graças a dois milagres de Cássio, no começo e no fim do primeiro tempo, numa cabeçada e num chute de Ricardo Oliveira, o intervalo chegou sem gols, o que não refletiu a superioridade dos anfitriões.

Como no segundo tempo o Corinthians quis pressionar mais do que havia feito até então, o Santos soube se aproveitar da velocidade de Bruno Henrique para, em contra-ataques, fazer 2 a 0, com gols de Lucas Lima, o melhor em campo, e Ricardo Oliveira.

A vitória do Santos dá alento ao campeonato e obriga a imediata recuperação corintiana, porque a gordura já derrete perigosamente.

RUIM DA CABEÇA

O time do São Paulo, depois de fracassar com Rogério Ceni, para não falar das duas experiências mal-sucedidas com técnicos estrangeiros –Bauza e Osorio– segue no mesmo diapasão com Dorival Júnior: toma gol e se desespera.

Pode ser o gol que deixa em desvantagem, o de empate ou mesmo apenas o que diminui a vantagem.

Assim foi também contra a Ponte Preta, quando vencia por 2 a 0 e parecia ter o jogo controlado até sofrer o tento que decretou o 2 a 2 e, graças a Sidão, não significou a virada.

Conclusão: o vice-lanterna do Brasileiro, ultimamente mais acostumado a frequentar a zona do rebaixamento que a da Libertadores conquistada três vezes, precisa é de um bom psicólogo porque só Freud explica a fase do tricolor do Morumbi, invariavelmente com mais de 40 mil sofredores.

Bobagem argumentar, como fez Dorival Júnior, que o time sofreu gols de bola parada, porque os dois feitos contra os campineiros também foram fruto do mesmo expediente.

DOENTE DO PÉ

"O pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube" é a frase atribuída ao folclórico técnico de futebol de praia carioca Neném Prancha.

Talvez fosse mesmo a solução para os times brasileiros que o transformaram em banais cobranças de lances livres como no basquete, tamanho tem sido o desperdício das chamadas penalidades máximas transformadas em mínimas no Brasileirão, aproveitamento na casa de apenas 65%.

Basta dizer que das três assinaladas no 1 a 1 entre Atlético-MG e Palmeiras, duas foram defendidas pelos goleiros Fernando Prass e Victor e das duas marcadas no Atletiba, outro 1 a 1, só uma foi convertida.

Erra-se tanto que até as justas reclamações dos alviverdes palmeirenses e coxas por causa de pênaltis não marcados nos dois jogos perdem a importância.


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