Folha de S. Paulo


Palmeiras acende a chama de que precisa para incendiar o Brasileiro

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Jogo do palmeiras
Róger Guedes comemora seu gol marcado na vitória do Palmeiras sobre o Bahia

Para quem não havia vencido nenhuma vez fora de casa, ganhar do Bahia na Fonte Nova não é pouca coisa.

Para quem não tinha marcado nenhum gol como visitante, fazer quatro em Salvador deve ser motivo de comemoração.

Pois o Palmeiras ganhou de 4 a 2 do tricolor baiano e pode respirar fundo, encher os pulmões e buscar a reação de que precisa para ainda lutar pelo título neste Brasileiro.

Como o próximo adversário, na arena alviverde, é só o Atlético-GO, a chama acesa neste domingo (18) pode começar a se alastrar no fim de semana caso o time de Cuca se vingue da Ponte Preta, em Campinas, na décima rodada.

O Palmeiras foi melhor que o Bahia desde o começo do jogo e soube se impor como time superior, embora Fernando Prass tenha feito duas defesas extraordinárias nos primeiros minutos.

Principalmente no segundo tempo o Alviverde jogou o futebol que dele se espera e até quando a partida ficou 3 a 2 não se assustou e partiu para fazer o quarto gol, belíssimo, dos pés de Willian.

PAULISTAS SEM VITÓRIAS

Se Santos e Ponte Preta ficaram no 0 a 0 nos embalos do sábado à noite no Pacaembu, o Corinthians também não foi capaz de fazer gol no Coritiba na ensolarada manhã dominical curitibana.

Quer dizer, até fez, com Jô, no fim, mas o levantador de bandeirinhas anulou porque desconhece que jogador atrás da linha da bola não está impedido.

Se a arbitragem acertou ao anular um gol pontepretano por impedimento, errou redondamente ao invalidar o corintiano.

Como errou, registre-se, a favor do Corinthians e contra o Cruzeiro, ao não marcar pênalti de Pablo em Ábila, na oitava rodada.

Mas ruim mesmo foi o resultado do São Paulo, derrotado pelo Galo em pleno Morumbi, em mais uma atuação desastrosa de Lucão, o zagueiro que, tudo indica, seguirá sua carreira fora do Tricolor para, quem sabe, repetir o sucesso de Casemiro, no Real Madrid.

Tomar um gol de cara como aconteceu com o São Paulo no primeiro tempo é sempre complicado. Mas empatar ainda antes do primeiro minuto do segundo era a chave para virar em casa e se firmar no Brasileiro.

Lucão errou na saída de bola no gol de Cazares, embora seus companheiros de zaga também tenham vacilado ao deixar o equatoriano chutar sem marcação para abrir o placar.

E errou de novo ao tentar aliviar a bola na área que redundou no gol da vitória atleticana, de Rafael Moura, o do 2 a 1, e aí não tem nada que atenue a engrossada.

AH, A ARBITRAGEM!
Dois dos três jogos da Copa das Confederações –Portugal x México e Chile x Camarões– tiveram rápidas intervenções da vídeo-arbitragem (VAR) para anular e validar gols.

Vá se acostumando, rara leitora e raro leitor, com a sigla VAR, porque a tendência é a de que vire moda –e quanto antes e mais generalizada melhor.

Tivéssemos a VAR no país e o torcedor teria visto e estaria convencido de que o gol da Ponte contra o Santos foi bem anulado; que o gol do Corinthians, ao contrário, foi mal anulado; que não houve o pênalti reclamado pelo Galo e que houve o marcado para o Palmeiras.


Endereço da página: