Folha de S. Paulo


Corinthians fez o necessário para vencer o Santos

Luis Moura/WPP/Folhapress
Romero comemora gol na partida entre Corinthians X Santos, neste sábado (3) na Arena Corinthians na zona leste de São Paulo, válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro 2017.
Romero comemora gol na partida entre Corinthians x Santos, neste sábado (3), na Arena Corinthians

Sem comparações, não é fácil ver jogos de futebol deste lado do mundo depois de se deliciar com uma final de Liga dos Campeões da Europa.

Só apelando para o gênio Fernando Pessoa com aquela história de o rio Tejo não ser o rio da minha aldeia –que é mais bonito.

Daí a atração do sábado à noite ter sido o clássico mais antigo de São Paulo, entre Corinthians e Santos, em Itaquera com muita gente, mais de 40 mil torcedores.

O primeiro tempo não foi ruim. Nem bom. Porque as pouquíssimas emoções foram despertadas mais por erros das defesas do que por acertos dos ataques.

O Santos não quis testar a hipótese de deixar o rival mais com a bola em casa para ver o que aconteceria e, fiel ao seu estilo, partiu para cima nos 45 minutos iniciais.

Na etapa final, se teve a mesma intenção, não conseguiu.

Ao contrário o Corinthians mandou no segundo tempo, teve dois gols anulados por impedimentos, mas fez mais dois, com Romero, o artilheiro da Arena Corinthians, com 19 gols, e com Jô, o artilheiro dos clássicos.

Diferentemente de outros jogos, desta vez o Corinthians não se limitou a ganhar por pouco e poderia ter vencido por mais, porque fez ótimo segundo tempo.

12 VEZES CAMPEÃO

O campeão do século passado repete a façanha no atual. Primeiro bicampeão seguido da versão moderna da Liga dos Campeões da Europa, o Real Madrid ganhou a chamada Orelhuda pela 12ª vez e parece imparável depois de ser inferior à Juventus no primeiro tempo e fazer 45 minutos finais de sonho, quando marcou os três gols da goleada implacável por 4 a 1.

Se Daniel Alves conseguiu impedir que Marcelo reinasse durante todo o jogo, no fim foi impossível.

E se Casemiro parou Dybala, ainda fez o tento que desempatou o jogo depois que Mandzukic, de meia bicicleta, ao receber pelo alto de Higuaín, que havia recebido também pelo alto de Alex Sandro, num dos gols mais lindos da temporada, havia empatado.

O domingo madridista tem gosto de sangria com merengue.

Resta falar de Cristiano Ronaldo, o jogador mais eficaz do mundo, embora não seja o mais encantador.

Há quem se irrite com a discussão sobre quem seja o melhor do planeta, se ele ou Lionel Messi.

Depois de mais um título e com mais dois gols na finalíssima, depois de ter marcado cinco vezes no Bayern Munique e três no Atlético de Madri, nas quartas de final e nas semifinais, realmente a irritação é compreensível.
É provável que o fenomenal português obrigue uma mudança no tom da polêmica: ele é o mais contundente e o argentino o mais espetacular. Vale?

DURANT, CURRY E LEBRON

Se sábado teve em Cardiff o que há de melhor no esporte jogado com os pés, hoje tem o suprassumo do que é jogado com as mãos: o segundo jogo da decisão da NBA entre Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers.

O primeiro foi um massacre, 113 a 91 para os Guerreiros, e Kevin Durant, com 38 pontos, roubou a cena, embora Stephen Curry (28 pontos) nunca deixe ninguém brilhar sozinho e Lebron James (outros 28) esteja sempre à espreita para mudar o que pareça escrito.

Às nove da noite um banquete de basquete.


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